quinta-feira, 27 de abril de 2017

IDEIAS PEREGRINAS

Sou de opinião que não havia necessidade do Governo conceder tolerância de ponto à função pública, no dia 12 de Maio, dia da chegada do Papa Francisco a Portugal.
Que eu saiba Portugal é um estado laico.
Tenho a certeza que a grande maioria dos funcionários públicos vão aproveitar o dia para outra coisa que não seja invadir a Base Aérea de Monte Real para ver Sua Santidade, nem sequer para irem a Fátima assistir às cerimónias.
Eu, garantidamente, não vou - sim, vou beneficiar da tolerância.
Também não vou aproveitar o fim-de-semana prolongado para ir a banhos para o Algarve, até porque trabalho no Sábado - esqueceram-se disso, que existem muitos sectores da função pública que trabalha Sábados, Domingos e dias santos.
Show off? Medida estratégica? Não sei, o que sei é que a função pública dispensa bem caridadezinha e argumentos que a descredibilize mais perante o resto da sociedade.
Se por algum acaso (ou não) algo correr mal, ainda acusam o Martins das Finanças ou a D. Perpétua do Registo Civil.



16 comentários:

  1. Pequeno caso sério27 abril, 2017

    Só tenho pena que o Chico venha cá só uma vez...

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  2. Não sei porque carga de água é que eu simpatizo com o Chico.
    Não percebo tanta segurança,afinal Deus não está do lado dele?

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    1. Magui, Deus está mas não segura todas as balas. É difícil não é?.
      Eu estou a brincar, mas sou crente porque tenho fé nesse Deus, não no que fazem à custa do seu Santo Nome. E é inexplicável o ter fé. beijinho

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    2. Gostava de ter fé, juro que sim, mas se tivesse não queria intermediários entre mim e Deus.

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  3. Concordo contigo. Não faz sentido fazer essa discriminação positiva aos trabalhadores públicos. Só acho que faz sentido para os concelhos limítrofes a Fátima, pois aí sim será impossível ir trabalhar.

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    1. E mesmo em Monte Real o Papa não saindo da Base, imagino a confusão que se vai gerar.

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  4. É mais uma forma de cativar votos =)
    Beijinhos

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  5. Não sou cristão, mas compreendo que, neste país, há muitas almas que vão seguir o seu líder espiritual pela televisão.

    compreendo a tolerância



    bom dia

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    1. Boa noite Moonchild.
      Do ponto de vista estratégico até se pode compreender, que haja menos gente a circular nas estradas, mais agentes da polícia disponíveis para o acontecimento, mas mesmo assim, os funcionários públicos vão levar por tabela.

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  6. Também acho que não havia necessidade...

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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    1. Olá Isabel.
      Lá dizia o outro, não havia nexexidade!

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  7. Sou da tua opinião. No teu caso deveriam ter-te dado tb o sábado, não é?
    Acho um exagero do governo. E depois, os funcionários públicos, eu incluída, temos de levar no toutiço que somos os culpados da crise e que vivemos à custa dos dinheiros do povo, esquecendo-se que quem diz isso que, o povo, não são só eles o privado, mas tb nós incluídos. Enfim, politiquices.

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    1. Pois não era? E davam também a terça-feira seguinte para os crentes descansarem os joelhos.
      As pessoas nem têm noção do que aconteceria se todos os serviços do estado fossem privatizados.

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  8. Concordo plenamente com a tua opinião.

    No entanto, a razão não será a caça ao voto, dado que SEMPRE que o chefe da Igreja Católica cá vem, é dada tolerância.

    Obviamente que quase ninguém vai aproveitar a mesma para a alegada finalidade que é dada.

    Lobbismo. a Igreja tem um poder desproporcionado à laicidade do estado...

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    1. Também não acredito que seja caça ao voto.
      Sim, um lobby que vai muito além da fé, com o qual muitos lucram.

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