quinta-feira, 28 de maio de 2020

FOI ONTEM, UAU...

dia de cabeleireiro.
Nunca me tinha despachado tão rapidamente, o salão todo para mim, até me senti a Duquesa da Bridge d´Arrábida.
Saí de lá, ainda estava um calor infernal.
De regresso a casa, sozinha com os meu pensamentos - o que nem sempre é seguro - estava com vontade de ir esplanar à beira mar, comer um gelado, ver o pôr do sol e pensar na morte da bezerra.
Estacionei o carro em casa e entrei... mas, antes de mim, já tinham entrado centenas de mosquitos, vindos dos confins do inferno.
Lá se foi a esplanada, o gelado, o pôr do sol e a bezerra, que assim-comá-sim, já se tinha finado.
Andei uma eternidade a caçar mosquitos de aspirador em punho, suava por todos os poros, tive que prender o cabelo, acabadinho de sair das mãos da cabeleireira.
No fim, meditei, alinh(av)ei os chakras e cheguei à conclusão que nada acontece por acaso.
Foi apenas uma forma que o Universo encontrou para me fazer esquecer do Covid por umas horas.
Bem se pode ir foder.

terça-feira, 26 de maio de 2020

HOMESSA

Para além da máscara social vou começar a levar também a bomba social, quando for às compras.
Não se dêem ao trabalho de perguntar que eu explico, aqui e agora, neste preciso momento.
Para evitar que certas pessoas se colem a mim, não conseguindo distanciar-se 20 cm, nem esperar 5 minutos que eu dê de frosques, levo uma bomba de mau cheiro, ou seja, peidos e bufas engarrafados e tau, a pessoa começa a chegar-se e ali vai disto...
Com a máscara no focinho deve ser mais catita sentir o cheirinho.
Também já pensei em adoptar uma doninha-fedorenta e levá-la no bolso para o mesmo efeito.




quinta-feira, 21 de maio de 2020

21 A 21

Longo e dourado como os teus cabelos, 
cor de mel como os teus olhos,
franco e doce como o teu sorriso,
assim, é o meu amor por ti.
Sempre, para sempre.
Parabéns minha filha.




sexta-feira, 15 de maio de 2020

Ó BALANCÊ, BALANCÊ

Comecei em tele-trabalho no dia 16 de Março.
Mudei a posição do computador 4 vezes.
Custou-me a habituar, no trabalho presencial não estou tanto tempo agarrada ao computador.
Tive(mos) que reinventar a forma de trabalhar, o que é um factor positivo.
No momento em que já estava adaptada, vou começar a trabalhar presencialmente.
Vai correr bem, digo eu cus nervos.
Tenho saudades das minhas colegas, do espaço, mas se me dessem opção ficava mais tempo em casa, que a cagunfa é muita.

Apenas tenho saído para as compras essenciais, uma vez, na loucura, duas vezes por semana.
Ao principio tudo me metia nojo, agora estou expert em desinfectar o que me entra em casa, mas mesmo assim, é uma boa merda, e penso se não será um ritual nos próximos longos tempos.
Quando chego do supermercado as pernas tremem como se estivesse horas a fio a treinar no Cirque du Soleil. 

Com o que parti e esfudacei em casa nestes últimos 2 meses, quando comprar novo, num instante a economia do país se restabelece.

Aos finais de tarde e ao fim-de-semana, no tempo que as lides domésticas (ou tortura, como quiserem 😡) me deixa livre, vou até ao meu jardim apanhar sol, quando ele dá um ar da sua graça.
Tenho lá um pequeno cadeirão, olho pra ele, ele olha pra mim.
Sento-me, não sento?
Sei lá se não está carregadinho de covides.
Volto atrás, trago uma manta e cubro-o para depois me sentar.
A banalidade com que fazia muitas coisas a ser ponderada ao milímetro

Costumo dizer que não tendo jeito para nada, faço um pouco de tudo.
Não consigo entusiasmar-me pela cozinha (a não ser para fazer bolos) deve ser algum gene que nasce com a pessoa, definitivamente tenho esse défice.
Tão depressa não meto os cotos num restaurante, portanto não há outro jeito maneira de alimentar o povo cá de casa.
Valha-me que também eles se chegam ao fogão se querem comer e não fazem favor nenhum.

Tenho as nails numa miséria, mas acho que se for à esteticista e as meter no forno, cai-me a pele das mãos, o que não dá muito jeito.
Quanto ao cabelo já decidi, vou fazer este penteado, tipo amuleto da sorte.





terça-feira, 12 de maio de 2020

DIA INTERNACIONAL DO ENFERMEIRO # 2

Os enfermeiros não precisam de palmas, necessitam do respeito e do reconhecimento de toda a gente.
Todos os dias. 
Permitam-me lembrar aqui, dois enfermeiros muito especiais - como o são todos - a minha filha e o meu genro, que não vejo há cerca de 5 meses, nem sei quando isso irá acontecer.
Está tudo bem.
Vai ficar tudo bem, para os que sobreviverem e ultrapassarem esta pandemia.
E eles vão, eu sei.






segunda-feira, 11 de maio de 2020

CEREJAS

As primeiras do ano.
Sensaboronas.
Não importa, há que preencher os dias com a normalidade possível.
Guardei os caroços, não me apareça à porta algum dos ricos de que falou o governador do Banco de Portugal, os tais, que com a pandemia vão sair mais penalizados do que os pobres.
 






quinta-feira, 7 de maio de 2020

terça-feira, 5 de maio de 2020

DIA MUNDIAL DA HIGIENE DAS MÃOS...

… assinala-se a 5 de Maio.
Nunca é demais lembrar, principalmente em tempo de pandemia causada por Covid-19.
Lavem as mãos.
Lavem as mãos.
Lavem as mãos.
Lavem as mãos.
Lavem as mãos.
Lavem as mãos... pá.








segunda-feira, 4 de maio de 2020

DESCONFI(N)AMENTO

Continuo em tele-trabalho, mas vai acontecer em breve o meu regresso ao local de trabalho.
Enfiar novamente o computador de serviço (que mais parece um LCD) e o resto dos cacarecos, no carro que os trouxe até casa.
Trabalho com público e não é com um tipo específico de público.
É um género de praia, mas sem nadador-salvador, com pessoas de todo o género, feitio, idade, gostos e tudo e tudi.
Não sei em que condições vou trabalhar.
Aredito que a minha entidade patronal faculte as máscaras sociais, o gel desinfectante e as condições de higienização do espaço.
Mas isso não me chega. 
Exijo fraldas porque estou acagaçada.
Desejo ficar zen quando me entrar alguém porta dentro sem máscara, porque vai acontecer.
Portanto, necessito de formação na área de terapias de relaxamento.
Preciso de hipnose que me faça regredir ao tempo em que eu não dizia palavrões, nem sabia o seu significado.
Sou uma pessoa de sorriso aberto, tenho de aprender a fechá-lo mais vezes, mas, prontes, aí a máscara vai ajudar.
Valha-me ter audição selectiva...