segunda-feira, 29 de junho de 2020

FIZ UM ACORDO...

com o marido (o meu).
Vou eu às compras apenas uma vez por semana, se faltar o papel higiénico, lava-se o cu.
Quando chego com as compras, deposito-as à entrada da porta e ele trata de as desinfectar e arrumar, que esta cena do vírus poder vir acoplado à lata do atum ou no meio dos tomates já me desaustina os nervos, o tronco e os membros. 
E eu sou fraquinha dos nervos, tenho que os preservar, já o homem tem uns nervos de aço, benzódeus.
Somos a definição perfeita de yin e yang.

Depois desta tarefa estar concluída vamos caminhar à beira mar, para carregar energias e desempoeirar a carcaça.
É um dos momentos em que a pandemia desaparece, as pessoas trocam a máscara pelo fato de banho, a vida retoma a "normalidade" e eu volto ao mar da minha infância, que nunca me cansa.
Com a sua força e desprendimento vem acariciar-me os pés e sinto-me grata por isso.
Quem disse que não devemos voltar aos sítios onde fomos felizes?




quarta-feira, 24 de junho de 2020

MATAR O BICHO...

na gelataria Veneza, cujos proprietários são chineses.
A poucos metros de casa, dei a volta ao mundo e ao estômago.






segunda-feira, 22 de junho de 2020

ALTAMENTE...

que rima com ardentemente, advérbio utilizado pela Dra. Graça Freitas para expressar a sua vontade da realização da Champions em Lisboa.
Seja feita a sua vontade.
Como terá lugar no mês do meu aniversário, estou a pensar em fazer uma sardinhada no fim da grande final, no relvado.
Cada um terá direito a 3 sardinhas, um pedaço de broa, um copo de vinho e uma fatia de bolo.
Vai ser uma festarola, assim o Covid não me apanhe na curva e me deixe chegar aos 54.
Estão todos convidados, a classe médica em geral, os enfermeiros em particular.
O Marcelo, o Costa, a Gracinha, a Temido, o Sales, aquele senhor que substituiu o Centeno e nos faz as contas à vida.
O Paulo Portas não aceitou porque se deixou de arraiais e também vai de férias num submarino que está estacionado na baía de Cascais.
Up, up...







quarta-feira, 17 de junho de 2020

PARA OS AFICCIONADOS...

amigos, amantes, apaixonados, defensores, fãs, acorrentados das touradas, tende calma que está tudo a ser preparado ao mais ínfimo pormenor para o regresso desse espectáculo de grande valor sociocultural.
Estão a ser ultimadas as máscaras sociais para os touros e todas as partes interessadas estão a ser avaliadas.
Tarda nada a festa brava está de volta.
Olé

Imagem retirada algures da internet



segunda-feira, 15 de junho de 2020

LEVANTAI HOJE DE NOVO...

esses cus da cama.
Deixem-se de mimimimimis porque é segunda-feira.
Não se esqueçam dos milhões que têm de injectar na TAP, no Novo Banco, nas custas do processo EDP/António Mexia, onde não devia, acho que estou a esquecer alguns, mas por agora já são motivos suficientes para se deixarem de preguiça e estarem constantemente a reclamar que são mal remunerados e que o custo de vida aumenta bestialmente todos os dias.
E a crise económica provocada pelo Covid-19?
Não estão a pensar que são aqueles boys e girls lá de Bruxelas que a vão pagar, pois não?
Não há pachorra.
Lamentam-se, guincham, protestam, falam, falam e não fazem nada.
Menos palavras e mais acção.
Sejamos patriotas.

(Vamos tirar uma selfie com o Marcelo, que a azia já passa!)

sexta-feira, 12 de junho de 2020

AI PODES, PODES

Este Verão a minha Praia vai ter lotação máxima de 5800 pessoas.
Cá para mim os da terra devem ter prioridade, por isso nem me chego à banca das senhas.
Também queriam ter uma praia, ? Palecos!
Mas, como sou uma alma caridosa, bem negociado cedo o meu lugar, entre as 12h e as 16h.
Preparem o livro de cheques e enviem mensagem privada.
Aviso já que o contrato só é válido depois de verificar que o cheque tem uma farta cabeleira.





segunda-feira, 8 de junho de 2020

A PESSOA...

confinou. A pessoa começou a desconfiar de tudo, a ter medo de tudo, a ter nojo de tudo.
A pessoa saía à rua, apenas porque tinha que encher e vazar a tripa.
A pessoa desconfinou.
Começou a trabalhar presencialmente.
Ao fim do primeiro dia, os nervos da pessoa estavam mais frangalhados do que é normal.
A pouco e pouco a pessoa começa a descontrair um cadito, para não endoidecer completamente.
Já está mais no relex, contudo, tentando não descurar as recomendações da DGS.
No último fim de semana de Maio a pessoa trabalhou e perdeu a conta ao número de pessoas com quem teve contacto, sempre com a cassete em play "ó faxavôr não ultrapassar a linha bem visível no chão".
Nunca andaram ao catraio, no final do Verão, com os olhos postos na areia à procura duma moeda.
A determinada altura, a pessoa já desvairada, alertava para que se mantivesse o devido distancionamento!
A pessoa passou (se é que é possível) a lavar e desinfectar mais as mãos.
A pessoa já foi ao cabeleireiro e à esteticista, deu umas caminhadas à beira-mar, a pessoa já se sentou numa esplanada, a pessoa já comprou comida num teiqueauei.
Ainda não arranjou coragem para ir ao oftalmologista, mas lá chegará o tempo e se fizer questão de continuar a ver.
A pessoa tem ganas de ir de férias, nem que seja de tenda às costas, num camião de transporte de suínos.
A pessoa até se sentiria normal, se alguma vez, o tivesse sido.
Não sei quem é esta pessoa, mas podia ser eu, talequalmente.