quarta-feira, 30 de novembro de 2016

"DES"LARGUEM-ME, QUE EU TENHO RAZÃO

Tenho por princípio tratar os outros como gosto de ser tratada, não fazer aos outros o que não gosto que me façam. 
E, não, não sou a melhor pessoa à face da Terra (credo!), não sou a boazinha de serviço, tenho um feitio torto, sou teimosa, impaciente, embirrante, muito senhora do meu nariz e chega por hoje. Repito, falo educadamente para toda a gente - tento pelo menos - quando entendo que tenho razão não parto logo com catorze pedregulhos em cada mão e se há coisa que me esfrangalha os nervos, são pessoas que acham sempre os outros incompetentes e malandros e o raio que as abrase.
Mas, hoje se me dirigisse à companhia de seguros a quem pago todos os meses por débito directo, aquilo que ela entendeu que devo pagar segundo o contrato que assumimos, estava capaz de capar alguém, como se capam os porcos.
Há seis anos que ando numa luta com eles, por nunca me mandarem a tempo e horas a carta verde automóvel. É telefonema para cá, telefonema para lá, deslocação até à agência mais próxima da minha área de residência, para responderem que é um problema informático que até hoje não resolveram. Depois de momentaneamente desbloquearem a situação, chego a receber três cartas verdes iguaizinhas.
Possuída e agastada como estou com este assunto, pudesse ter entrado naquela agência tinha levado a capadeira do Zé Feno (senhor da minha terra que capava bichezas).
Ó, cara##o e não me venham os ofendidos amigos dos bichos, chatear-me ainda mais a mona.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ESPANTA-ESPÍRITOS

Com tanta coisa boa comó milho que importamos dos Estados Unidos da América, ainda não percebi como deixámos escapar o cartão de Natal, que consiste em fotografar a família em ambiente natalício, para oferecer ao resto da famelga, aos amigos e principalmente aos inimigos.
É que para além do bom gosto evidente que fica bem em qualquer moldura no cimo duma credência, é uma cena também com tradição nas famílias reias. 
Por isso, se preparem, que já está em fase de preparação a foto de Natal de Magui´s family - não sei como vou conseguir agarrar no emplastro hamster, mas nem que o anestesie, há-de marcar presença na foto. 





sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ADIRAM A ESTA CAUSA, NÃO CUSTA (QUASE) NADA E FICA-VOS BEM

Neste país à beira mar plantado - eu sei, muito original, mas olhem que eu hoje nâ tô boa - fazem-se campanhas solidárias em prol de tudo e mais um par de cuecas.
Ora, esta que vos escreve, que por acaso sou eu, teve a brilhante ideia - mais uma! - e espero incentivar mais gente a aderir a esta causa, que como todas as outras, é de todos nós.
Lá a ver; uma noite destas desloquei-me ao hospital com o meu pai para que fosse assistido, derivado a um problema crónico de saúde. E a pessoa enquanto (des)espera que o seu familiar seja observado e que alguém se digne dar informações acerca dele, sem ter que pedir mil vezes desculpa pelo incómodo para saber do estado do paciente e pedindo a todas as forças da natureza para que não respondam "que fugiu" ao serem questionados pelo paradeiro do meu pai, como já aconteceu, vai ouvindo histórias de outras pessoas que estão na mesma situação. Uma delas queixava-se que o médico lhe tinha dado alta, depois de se ter indignado com o senhor doutor quando este lhe disse que não lhe podia fazer um exame ao coração, porque o aparelho necessário para esse efeito estava sem pilhas. 
Já há dias em conversa com umas colegas de trabalho, referia uma, que o pai quando vai ao médico de família, costuma levar pilhas ( e não é o único) porque quando toca a medir a tensão arterial, há sempre o tal problemazito da falta de pilhas no aparelho.
Perante esta calamidade (provavelmente devido a alguma bactéria) que é a ausência de pilhas nos centros de saúde e hospitais deste país, lanço aqui a campanha "Uma pilha por dia, nem sabe o bem que lhe fazia". E eu, qual Isabel Jonet, amadrinho e abraço esta campanha a muito custo, mas temos que ser uns pró outros e como é Natal, coiso e tal (ena, rimei.)
Uma pessoa sabe que um dia destes vai quinar, mas gaita, que não seja por causa de uma pilha que se compra nas lojas do chinês ao preço da uva mijona.

OU A PILHA



terça-feira, 22 de novembro de 2016

ESTAMOS EM GUERRA?

Faz amanhã 24 anos que fui mãe pela primeira vez. Que a maternidade me modificou é um facto, se me tornei uma pessoa melhor não sei, como não sei o que legitima a maternidade/paternidade a criar boas pessoas, como se os outros não o pudessem ser.
O que sei é que o que se sente por um filho é diferente de tudo o resto, é um amor que sabemos que é para a vida, é alegria a dobrar, preocupações a triplicar, o coração sempre em desassossego por aquelas criaturas que se tornaram o centro do meu mundo. Mesmo numa resposta menos correcta, numa acção mais infeliz o amor permanece, nem que às vezes apeteça mandá-los bugiar. Mesmo quando eram bebés e choravam desalmadamente e só me apetecia desaparecer ou então dar-lhes Valium para dormirem uma semana a fio, quando faziam birras e tinha vontade de fingir que não conhecia aquelas tiranas de lado nenhum.
Mas sei que uma mãe/pai ama os seus filhos incondicionalmente e não vale a pena estar a referir casos de crueldade entre pais e filhos.
O que se está a passar no Reino Unido, com a retirada dos filhos a mães portuguesas, perante a passividade das autoridades portuguesas é criminoso, é um cenário real de terror e guerra. É preciso agir para pôr um fim a estes actos de horror.



segunda-feira, 21 de novembro de 2016

EU PECADORA ME CONFESSO

Existem temas complicados de abordar, existe mesmo um certo tabu em relação a eles, como por exemplo no caso da religião, em que a intolerância à opinião alheia, à diferença, à maneira de ser e pensar é bastante significativa. 
Quem não acredita em Deus, é muitas vezes encarado com desconfiança e preconceito. Eu não acredito.
Nem sempre fui ateia, já acreditei, mas por razões várias deixei de acreditar e incomodam-me bastante certos dogmas de algumas religiões. Respeito - o que nem sempre significa que compreenda - quem é crente, quem tem fé e se refugia na religião, seja por sofrimento, por tristeza, por alegria ou devoção, mas também exijo o mesmo respeito para comigo.
Entro em qualquer lugar sagrado, não me incomoda, gosto de apreciar a beleza de catedrais e igrejas, gosto da capela da minha terra construída em madeira, penso que única no país.
Gosto de brincar com algumas pessoas acerca disso, sem ofender. Digo muitas vezes "valha-me Deus", é apenas uma expressão. Quando há uns meses fui submetida a uma intervenção cirúrgica, alguém me disse que rezaria por mim e eu agradeci.
Não sou pessoa de fé em termos religiosos, imagino que quem o é talvez seja mais feliz, aceite as contrariedades da vida e o infortúnio com mais tranquilidade, viva menos angustiado.
Repito, não acredito em Deus, mas se acreditasse faria minhas as palavras do professor e escritor Frederico Lourenço: "Acredito em Deus. Não acredito em nenhuma religião que me queira transmitir Deus."



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A MERDA E A ARTE OU VICE VERSA OU MAGUI ÉS UMA IGNORANTE DE MERDA

Ao visitar o Museu de Arte Contemporânea de Bucareste deparei-me numa das exposições, com um objecto artístico para o qual fiquei a olhar durante largos minutos, na tentativa de compreender tão inusitada obra. Obviamente que falhei, porque certamente a minha sensibilidade de artista é equivalente à de uma pulga.
Por esta altura já os meus fãs caros leitores estão em "fezes" para saber qual a obra de arte em questão. Simples. Um banal rolo de papel higiénico dobrado e com uma das pontas queimada. Se alguém souber esclarecer esta pobre leiga acerca do tema, dê um passo em frente.
Já em casa lembrei-me do artista italiano Piero Manzoni e da sua célebre obra a que chamou (e muito bem) Merda de Artista, que constou em colocar as suas fezes por diversas latas, distribuindo-as por várias colecções de arte do mundo, angariando vários prémios. Em 2007 uma das latas leiloada pela Sotheby´s foi vendida por 124 mil euros.
Deixo aqui um convite aos coleccionadores de arte deste mundo e de outro qualquer, para comprarem as minhas a um preço mais razoável e se quiserem ofereço a sanita como bónus.





quinta-feira, 17 de novembro de 2016

PRIVILÉGIO # 2

"Que é viajar?
Eu respondo com uma palavra: é avançar!
Que nunca te satisfaças com aquilo que és
Para que sejas um dia aquilo que ainda não és.
Avança sempre! Não fiques parado no caminho."

                                       Santo Agostinho








quarta-feira, 16 de novembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

TR(A)UMPICES

"Eu poderia parar no meio da Quinta Avenida e atirar em alguém, e não perderia nenhum eleitor, ok?"
Palavras de Donald Trump, futuro Presidente dos EUA. 
Quem conhece tão bem o povo que quer governar, merece a vitória nas eleições para esse fim.
Um povo que quer para seu Presidente, um homem que na campanha eleitoral prometeu anular o sistema criado por Obama que permite o acesso dos mais desprotegidos à saúde, que se gabou de agarrar as mulheres a seu bel-prazer, que afirmou construir um muro na fronteira com o México - o estado da Florida que tem uma considerável população hispânica, deu-lhe a vitória - é merecedor desse Presidente. Vão ser todos muito felizes.

Ilustração de Illma Gore


terça-feira, 8 de novembro de 2016

PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA, CADA QUAL TOMA A QUE QUER

Notícia num canal de televisão generalista; a retirada de 3 crianças à mãe, a mais nova com 2 dias, por parte do Tribunal com base num relatório da Segurança Social. Estes casos enervam-me sempre, não conheço o caso, não conheço os pais, pelo que a mãe disse em entrevista, está desempregada e o pai estará envolvido em "situações"??
Os técnicos da Segurança Social, fizeram seguramente aquilo que lhes competia, mas não haverá outra solução para este (e outros) casos, em que não se verifica violência física ou psicológica, que passe primeiro por ajudar os pais a terem condições para criar os filhos condignamente?
Nem toda a gente nasceu para ser mãe/pai, é verdade, mas não me parece que isso seja óbice ou prática comum para retirada de filhos, nem se trata de analogia com este caso.
O que me deixou ainda mais irritada na reportagem, foi o facto de filmarem exaustivamente as mãos tatuadas da mãe. Querem ver que as tatuagens são motivo de algum impedimento? Querem lá ver que aquela mulher por ter as mãos tatuadas não é competente para cuidar dos filhos? Será que quem editou a peça de reportagem, não achou por bem eliminar aquele exagero? Nem sequer eram necessários os planos às mãos, porque estas eram bem visíveis quando a senhora falava. Ora, querem ver o preconceito, de quem deve exercer a sua profissão com rigor e isenção!
Não tenho tatuagens e acho feio quando são em demasia, e então? O que é que o cu tem a ver com as calças?


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

domingo, 6 de novembro de 2016

JÁ A PENSAR NO NATAL # 2

Para aquela prima, amiga, cunhada a quem nunca sabemos o que oferecer, ou porque só lhe falta sarna para se coçar, ou porque tem gostos difíceis de satisfazer e nunca se encontra nada que encaixe na moça, aqui ficam umas sugestões.




sexta-feira, 4 de novembro de 2016

QUATRO ESTRELAS MICHELINAS

Larita, Sequita, Su, esta é para vocês. Música maestro.

Vocês minhas amigas de refeição, minhas irmãs camaradas
Amigas de tantas horas de almoço maradas
Cabeças ocas de meninas mas mãos de sopeira
Aquelas que estão do meu lado, junto à frigideira

Lembro-me de todas as comezainas, minhas boas companheiras
Vocês tantas vezes provaram ser grandes cozinheiras
O vosso coração é uma copa de portas abertas
Amigas as vossas sobremesas são uma grande descoberta

Não preciso dizer, tudo isso que vos digo
Mas é muito bom saber que vocês partilham comigo
Não preciso dizer, tudo isso que vos digo
Mas, ai de vocês que não o façam, vão direitas p´ró castigo.





quarta-feira, 2 de novembro de 2016

CREPÚSCULO prefiro DOS DEUSES *

Ontem, feriado, depois de terminar umas tarefas - cá coisas minhas - alapei à hora do crepúsculo a ler o livro secreto, passado pouco tempo filha querida alapa no outro sofá e liga a televisão, não me fez diferença o som da televisão porque o livro é levezinho não exigindo concentração nem puxar pelos miolos.
De vez em quando, punha um olho na televisão, continuava a ler, mais um bocado outro olho na televisão, continuava a ler. Até que a "coisa" televisiva me começou a despertar interesse, assumo que sim, perante vós, meia dúzia de fiéis leitores. 
Ora a "coisa" era um dos filmes da saga Crepúsculo ou Twilight no original. Nunca vi nenhum filme, nunca li os livros, mas sei do que se trata contado por quem já viu os filmes ou leu a saga. Aquilo não é a minha praia, vampiros, sangue, malta que se transforma em lobo, o pouco que vi achei mauzito, mas que desperta atenção, bolas, se desperta. A moça (normal, sem ter os dentes caninos afiados) a caminho do altar a tremer que nem varas verdes, o amigo de infância (um dos tais homens/lobo) que odeia o noivo vampiro, a rapariga que engravida e no dia seguinte já sente não-sei-o-quê a mexer dentro dela. Eu carregadinha de nervos, páro de ver e vou à minha vida. Volto e aquilo continua, dizem que vai parir um vampiro, e eu sem perceber se ela também já o é. Consegue parir uma menina, através de cesariana à moda vampiresca e fina-se. 
Diz-me a minha filha que afinal não morre, que é apenas para criar suspense no espectador. 
Porque será que tudo o que nos chega made in USA (mau em grande escala), papamos que nem papalvos?

 * Para a malta nova, Crepúsculo dos deuses é um filme de 1950, realizado por Billy Wilder.


terça-feira, 1 de novembro de 2016

ESTE BLOG TAMBÉM OFERECE MIUDEZAS

Aproximem-se que Magui acordou muito generosa e decidiu ofertar-vos com algo nunca visto, nem nos blogues da Cocó e da Pipoca. 
E o que têm que fazer para ganhar tão extraordinário prémio? Nada! Isso, pasmem, nada de nada. Não quero cá gostos no facebook, não quero cá os vossos endereços de e-mail, a vossa idade, morada, altura, peso, número que calçam, poupem-me, não há necessidade. A(O) primeira(o) que aparecer à porta deste fantástico blog - camuflada(o), que não lhe quero ver a visage, para não me chamarem tendenciosa - leva o prémio e não se fala mais nisso. 
Então, Magui o que tens a oferecer que outros blogues ainda mais fabulosos que o teu, não o tenham feito? Vocês ofendem-me, quase me levam às lágrimas, o que vale é que sou uma sensível besta.
Como insistem, não faço mais suspense. TXARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
Instalou-se cá por casa de Magui, uma família de melgas que não dá sossego às pobres almas que por aqui habitam, pois sugam-nos o sangue e a paciência. 
Ora, como não pretendo usar de violência para com as ditas (para não ser vilipendiada pelas associações de defesa dos animais) ofereço-as com toda a boa vontade, já fiz um laçarote para cada uma, basta trazerem a sacola do bolinho para levarem este super brinde. Eu sei, ensandeci, mas que querem, gosto de vocês à brava!