Olhamos para a doença e para o sofrimento alheios, à distância, passamos ao lado com medo de contágio, temos pena sim, não os queremos nem desejamos para nós nem para ninguém, mas continuamos com as nossas vidas, mas quando a dor e o sofrimento ficam mais perto de nós, dos que nos tocam, dos que gostamos, achamos impossível e injusto, ficamos perplexos e fica difícil de gerir, queremos acreditar que no dia seguinte melhora, gostamos de nos iludir porque por momentos fica mais fácil.
Nada na vida é perfeito, devia de o ser no fim, quando tudo acaba, devia ser digno e pacifico e não doloroso e sofrido, como se os últimos momentos de pesadelo, acabassem por definir toda a nossa vida.
Mas ainda quero acreditar que amanhã pode melhor e isso de alguma forma apazígua-me.
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