segunda-feira, 31 de outubro de 2016

DONA-DE-CASA EXEMPLARMENTE EXEMPLAR

Quando acharem que a vossa casa está a precisar dum cheirinho agradável, que o chão já merecia ser aspirado e levar com a esfregona para ficar de cara lavada, aceitem um conselho, poupem-se a essa tortura. 
Ponham maçãs a assar no forno regadas com um fio de mel se querem ver o aroma delicodoce que se vai propagando pela casa. No fim, quentes, mornas ou frias é só espetar-lhe o dente.
O chão? Fica para a próxima, isto no caso de não terem maçãs à mão.


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

HAPPY FEET

A poucos dias do mês de Novembro, os meus pés irradiam felicidade por verem a luz do dia, enfiados numas sandálias.
Bendito Verão de São Martinho.



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

VOCÊS NÃO SÃO DE CARNE E OSSO, POIS NÃO?

Ó filhas, digam lá que ninguém vos ouve, onde é que metem a barriga, ou melhor, vocês não sofrem de flatulência? É que uma pessoa (eu) depois das refeições fica assim um nadita inchada c´os gases e se não os larga é uma carga de trabalhos, a barriga projecta-se para a frente, uma pessoa (eu) fica desconfortável, então se permanecer sentada é um horror.
Por isso, partilhem com esta simples mortal, méquié? Só saem à rua quando comem uma frugal folha de agrião ou depois de esvaziarem a tripa? As meninas agendam o trabalho e os compromissos conforme o vosso trânsito intestinal, pois é? 
Estou a falar escrever muito a sério, desta vez não me acusem de conversas de merda, que o caso é delicado.




terça-feira, 25 de outubro de 2016

SEJA AGORA

Agora, agorinha, não, faltam poucas horas para assistir ao concerto dos Deolinda.
A meio da semana? Bem lhes pedi para ser durante o fim-de-semana, mas já tinham a agenda preenchida. Não faz mal, assim como assim, custa-me sempre levantar cedo da cama, ainda nem percebi porquê, até dizem que é saudável, ao nível do óleo de fígado de bacalhau e eu prefiro a Ana Bacalhau.



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

ISSO NÃO É AQUI, É COM OS BLOGS CANDIDATOS AO PRÉMIO NOBEL, perdão, AOS BLOGS DO ANO

Depois dos senhores do comité do Prémio Nobel, me pedirem para eu tentar entrar em contacto com o Bob Dylan - talvez, seja leitor do seu blog - disseram amavelmente os tais senhores, deu-me um atrofiamento nos neurónios, nos membros superiores e inferiores que me levou a assentar arraiais no meu sofá, no dia de ontem.
Pus-me a ver televisão e enfiei de rajada uma temporada da série How I meet your mother e com as gargalhadas que dei consegui desatrofiar um pouco, para mais com companhia da boa.
À noite, já mais composta, ainda vi o concurso The Voice Portugal, mas aquilo também me atrofia, fico para lá de nervosa (seja lá o que isso for), na hora do júri escolher entre dois concorrentes, depois de jurarem a pés juntos que só não ficam com os dois porque são as regras do programa, ai, mas tu não desistas, estiveste muito bem, candidata-te na concorrência que por aqui já não te safas, aquilo dói-me quéquerem. Eu não servia para júri daquilo - e por acaso sabes cantar? Não sabia que era preciso, por acaso o Mickael sabe? Até parece.


sexta-feira, 21 de outubro de 2016

JÁ A PENSAR NO NATAL

Um descuido e ai credo, que não tarda é Natal e eu deixo sempre os presentes para a última hora e é uma aflição, um esgatamunho de todo tamanho. Por isso, este ano já me precavi e decidi que vou presentear os homens com um fabuloso e original modelo destes, (só espero que não se constipem).




quinta-feira, 20 de outubro de 2016

NÃO VIVO EM VILAR DE PERDIZES, MAS ATÉ PARECE

No lugar (pequeno) onde vivo, existe há anos um estabelecimento comercial com uma cartomante. Parece que é um negócio em ascensão porque em breve vai abrir outro estabelecimento do mesmo ramo.
Não sei qual o método de trabalho, se adivinham o futuro dos clientes na palma da mão, nas cartas, nos búzios, nas pedras da calçada ou no cesto da roupa suja. O que sei é que hoje, talvez fosse dona dum próspero negócio se tivesse aprendido as mezinhas da minha avó, que "curava" do retorcido, do bucho tombado, do mau olhado, rezava o responso e mais não sei o quê. 
Mas, não. Eu, pessoa céptica e burra preferi trabalhar para um patrão que hoje está com uma mão à frente e outra atrás. Uma chapada nas ventas, era o que eu merecia.
Não se atrevam a chamar nomes à minha avó, que era uma santa e nunca cobrou um tostão por estes dons.


terça-feira, 18 de outubro de 2016

ISTO NÃO É UM BLOG, É SERVIÇO PÚBLICO

Vamos imaginar que vivemos até aos 83 anos (só??), vamos imaginar que não temos mais nada de interessante para fazer, vamos imaginar que somos do tipo de pessoa que gostava de saber quantas vezes na vida vai mudar de cuecas. 
Já estão a pensar; lá vem esta com conversas de merda da treta e pensam muito bem. O mais caricato é que existem empresas que pensam como eu, neste caso a WatchShop, que criou uma ferramenta interactiva que nos diz quanto tempo vamos gastar nesses 83 anos de vida a dormir, a tomar banho, a beber, a limpar a casa, a conviver e até a fazer sexo. Uau!
Deixo-vos AQUI a aplicação, para quando vos der a insónia fazerem o teste e deixo também um conselho, mexam-se. Porquê? Porque a empresa analisou os dados de 1300 ingleses que fizeram o teste e concluiu que durante a vida inteira, uma pessoa gasta quatro vezes mais horas a falar do tempo do que a fazer sexo. Percebe-se que os ingleses falem muito sobre o tempo, que a falta de sol os deixe sem energia, mas, o melhor é prevenir, portanto, mexam, remexam, apalpem, oscilem, ginguem, balancem, toquem, rebolem.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

BIMBY E LOLA

Soube hoje, pois soube - ando sempre muito à frente - que para o ano vou ter um aumento de 0,25€ por dia no subsídio de refeição. Pouquinho, né? É nada. E nem preciso de fazer contas em Excel.
Passo a explicar; almoço durante a semana no meu local de trabalho, juntamente com três marmanjas colegas - momento sublime do dia! Começámos por ir comprar comida a um take-away lá perto, mas foi decidido em reunião de tupperwares que compraríamos um micro-ondas e assim trazíamos marmita de casa, pois que uma sopa e uma peça de fruta é suficiente para algumas, pois que outras têm que comer de forma mais saudável e tal e coiso. Assim seja. Micro-ondas comprado, marmita vinda de casa lá aquecida. 
Ora, em 2 meses, com o tal aumento, cada uma de nós fica com a sua parte do micro-ondas pago. Tau!
Ao fim desses meses, vou começar a fazer um mealheiro com esse valor e pelas minhas contas - repito, não preciso do Excel - ao fim de 16 anos, vou juntar o suficiente para comprar esse robot do demo uma Bimby, muito gabada por pessoas que a têm. Portanto, Lolita (que sou eu, hoje) não sou menos ca essas, também quero uma Bimby. 
Agora é a vossa vez de fazerem contas e perguntarem: Ó Magui Lolita, mas daqui a 16 anos já não estarás reformada? Eh pá, espero bem que sim, que o Costa e os outros Costas que hão-de vir não putrifiquem mais isto. Mesmo assim só vejo vantagens. Reformada, vou direitinha que nem um fuso, para o Lar da Misericórdia e como todos sabemos a comida nos lares da terceira idade é sensaborona, então, Lolita juntamente com as fraldas e a bengala, leva também a sua Bimby e vai comer que nem uma abadessa na Santa Casa. Tungas! 
Só espero que nessa altura, a dentadura não me falhe.


domingo, 16 de outubro de 2016

INTIMIDADES

Ontem assisti à peça de teatro Intimidades, pela Companhia da Esquina. Uma adaptação de textos de Woody Allen, comédia dramática que reflecte sobre o amor (ou será desamor?), a amizade, a traição, as frustrações e desilusões, um texto com personagens paranóicas, onde se percebe bem a escrita do autor.
Gosto de preservar em mim uma certa ingenuidade (não confundir com palermice) e assusta-me o quanto esta peça retrata com fidelidade a nossa sociedade. A falta de diálogo que se vai estabelecendo entre casais, o cinismo latente, pessoas bem sucedidas profissionalmente que recorrem ao álcool como escape dum vazio interior, a solidão que vai azedando o carácter, a traição entre amigos (amigos?), justificada com o cliché "aconteceu, não queríamos magoar ninguém". Tantas emoções reveladas numa hora de espectáculo.
Obrigada, às companhias que levam a cultura a todo o país.
Agora, preciso de apanhar ar, sacudir a poeira, ver o mar.




sexta-feira, 14 de outubro de 2016

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

XL VERSUS XS

As pessoas que vestem tamanhos grandes como o XL, queixam-se com razão, da dificuldade que têm em encontrar roupa que lhes sirva, não, que nas lojas não se encontrem esses tamanhos, mas porque não correspondem efectivamente à realidade, provocando nas pessoas desconforto por não se conseguirem meter dentro dum XL - como é compreensível. 
O mesmo desconforto é válido para as pessoas que vestem pequeno, como eu, onde o caso muda de figura, por acontecer precisamente o contrário, muitas vezes um S é grande para mim e tratando-se de saia ou calças de tamanho XS, tenho que mandar apertar na cintura.
E os modelitos de blusa tipo saco larguíssimos que basta olhar para aquilo, mesmo no tamanho mais pequeno, para saber que não vou gostar de me ver, que é muito pano para pouco corpo.
Por isso é que há hábitos antigos que convém manter, a bem da minha sanidade mental, que já por si não é grande espingarda, como é o caso de mandar fazer roupa nas costureiras - que felizmente ainda se encontram e muitas até os tecidos vendem. Basta levar um desenho ou uma foto do modelo que pretendo e não preciso de correr Ceca e Meca à procura duns trapos.
É que vestir-me na secção de criança e andar de babygrow não é nada o meu estilo.


Imagem Massimo Fenati


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Ó DIDON, DION

Está explicada a minha piquena antipatia por Céline Dion. A cantora de 48 anos, disse numa entrevista que o único homem que beijou na boca foi o falecido marido. Ó Céline, tu abre-me esses horizontes, não queiras morrer sem conhecer outros palatos e mesmo que não ames perdidamente essa pessoa, podes beijá-la, não é pecado, ninguém te vai mandar rezar 50 Avé-Marias.



segunda-feira, 10 de outubro de 2016

GOSTO MUITO DE PARTILHAR E AJUDAR O MEU SEMELHANTE

Todos sabemos e reconhecemos que a nossa língua é difícil de aprender. Para quem o português não é a língua materna, existem palavras com elevado grau de complexidade, que as torna difíceis de pronunciar correctamente. 
Exemplos disso, são palavras que contêm a letra X por esta se pronunciar de formas diferentes; palavras com as sílabas lei e rei seguidas; polissílabos; palavras com repetida alternância entre vogal e consoante; dígrafos; etc.
Ora, segundo método nenhum, Magui vai pegar nalgumas dessas palavras e dar uma ajuda aos alunos estrangeiros com bom gosto e ânsia de aprender português.

Amanhã - Tocar a música das Doce "Amanhã de manhã", repetidamente, até que os alunos vomitem, que depressa a pronunciam melhor que eu.

Lagartixa - Garantia de aprendizagem em poucos dias, através do convívio com as tias deste país, que têm todas petits noms como: Tixa, Tuxa, Lixa, Mixa, Nixa, Zixa, Dixa, Tuxa.

Cabeleireiro - Levá-los ao cabeleireiro de alguns jogadores de futebol, saem dali a sete pés, mas a saber dizer a palavra melhor que a Dra. Edite Estrela.

Otorrinolaringologista - Perfilar os alunos perante um portuga com problemas na gorge, a necessitar de consultar o tal otorrinocoiso, a escarrar forte e feio, até aquela pobre gente não só dizer na perfeição otorrinolaringologista, como também: tirem-me deste filme de terror, que não matei ninguém.

Paralelepípedo - Verem alguns episódios da Casa dos Segredos e a cantadeira Maria Leal, para perceberem que são pessoas desprovidas de cérebro, tendo no seu lugar paralelepípedos. Não só ficam a conhecer o que de melhor há em Portugal, como aprendem a correcta dicção da palavra.

É um prazer ajudar.


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

SE NÃO SABIAM, FICAM A SABER (SE JÁ SABIAM, NÃO CHATEIEM)

Este blog inaugura hoje, sem pompa nem circunstância, uma rubrica de grande relevância para a vossa existência e que irá contribuir para enriquecer o intelecto de Vosselências.
Não vai ter dia nem hora marcada, será quando me der na gana.
De nada.




quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O DIREITO À INDIGNAÇÃO

Está muita gente indignada, chocada, traumatizada, com as polémicas declarações da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, quando esta referiu que tem que se "perder a vergonha de ir buscar a quem está a acumular dinheiro". Têm todo o direito à indignação, por isso, é salutar viver em democracia.
No entanto, gostava de ver essas mesmas pessoas indignadas com o que tem sucedido nestes últimos anos, contra uma grande maioria do povo português, com medidas austeras que afectam sobretudo as classe média e baixa, nomeadamente com o aumento do desemprego, da precariedade no trabalho, com a retirada de subsídios de férias e Natal, aumento dos níveis de pobreza, com o facto de 1 em cada 5 portugueses viverem com menos de 422€, que as cantinas escolares estejam a funcionar durante as pausas lectivas, para que muitas crianças tenham uma refeição digna por dia e tantos outros factores que contribuem para que Portugal seja dos países mais pobres e desiguais da OCDE.
Indignemo-nos todos.



terça-feira, 4 de outubro de 2016

JÁ FUI ARTISTA DE CIRCO

Só não fui (ainda) da cassete pirata. 
Quando era adolescente, o circo era das poucas atracções que havia aqui na santa terra onde vivo e apenas no Verão. Durante o dia, os artistas saíam à rua com as suas vestes coloridas e estrambólicas, montados em cavalos e elefantes e com macacos aos ombros, oferendo bilhetes às damas.
Numa noite, esta dama e duas malucas amigas, fomos ver um espectáculo, casa cheia, muito público naqueles bancos corridos de madeira que faziam calejar o cu.
Às tantas, surge um faquir em palco, peito nu, turbante na cabeça, calças à Aladino, que pede a colaboração do público, para lhe espetar um alfinete no lombo, ora, como o sonho da minha vida era precisamente esse, lá fui ter com o homem das Arábias para o condecorar com um alfinete de dama, vi-me aflita com aquilo, porque o faquir tinha a carne rija como cornos, mas lá ficou o alfinete muito catita espetado em carne humana. De seguida saltam as minhas amigas da assistência e lá nos perfilamos as três muito sossegaditas, para vermos passar à frente dos olhos, uma faca que atirava e ficava cravada numa parede de madeira atrás de nós, nem uma pestana nos arrancou, era um artista a valer. 
No fim fomos aplaudidas como gente grande, só não fizemos carreira no circo, para não ofuscar as estrelas que lá existiam.

Imagem de Latuff


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ABAIXO A MODERNICE DO CARTÃO DE CIDADÃO

A semana passada fui tratar pela primeira vez, do Cartão de Cidadão e saí de lá traumatizada. Não foi pelo tempo de espera nem pelo atendimento - fui na minha hora de almoço, foi um instante e a funcionária era simpática e competente.
Fiquei traumatizada com a desgraça da fotografia, eu bem sei que não sou fotogénica nem tenho a fisionomia da Scarlett Johansson, mas também não sou filha do Frankenstein e por 15€ que se paga por aquilo, uma cidadã (ou um cidadão, não quero ser acusada cá de coisas), devia poder escolher a foto que fica prantelhada no Cartão. Pois, que não. É favor de olhar para cima, não desvie daí o olhar e clic já está, credo, mais parece uma daquelas fotos que se encontram nos cartazes com a legenda "procura-se vivo ou morto".
Quando se tratava do velhinho Bilhete de Identidade, uma pessoa ia ao cabeleireiro, de seguida ia tirar fotografias num fotógrafo profissional e aí sim, posava para a frente, para a esquerda, para a direita, queixo para cima, queixo para baixo, sorria mais um pouco, ajeitava as melenas e a coisa lá se compunha.
Isto é caso para se fazer um abaixo-assinado a exigir de volta o B. I., com uma foto decente, as feias e as assim-assim (tipo eu) exultavam de felicidade e até a Catarina Martins deixava de se enervar com coisas de merda o nome do bicho.





domingo, 2 de outubro de 2016

SONS QUE DESPERTAM

Hoje acordei ao som do amolador de facas e tesouras, que também arranja chapéus de chuva. 
Alguém se lembra?