Só não fui (ainda) da cassete pirata.
Quando era adolescente, o circo era das poucas atracções que havia aqui na santa terra onde vivo e apenas no Verão. Durante o dia, os artistas saíam à rua com as suas vestes coloridas e estrambólicas, montados em cavalos e elefantes e com macacos aos ombros, oferendo bilhetes às damas.
Numa noite, esta dama e duas malucas amigas, fomos ver um espectáculo, casa cheia, muito público naqueles bancos corridos de madeira que faziam calejar o cu.
Às tantas, surge um faquir em palco, peito nu, turbante na cabeça, calças à Aladino, que pede a colaboração do público, para lhe espetar um alfinete no lombo, ora, como o sonho da minha vida era precisamente esse, lá fui ter com o homem das Arábias para o condecorar com um alfinete de dama, vi-me aflita com aquilo, porque o faquir tinha a carne rija como cornos, mas lá ficou o alfinete muito catita espetado em carne humana. De seguida saltam as minhas amigas da assistência e lá nos perfilamos as três muito sossegaditas, para vermos passar à frente dos olhos, uma faca que atirava e ficava cravada numa parede de madeira atrás de nós, nem uma pestana nos arrancou, era um artista a valer.
No fim fomos aplaudidas como gente grande, só não fizemos carreira no circo, para não ofuscar as estrelas que lá existiam.
Nem nos meus sonhos mais "esquisitos" imaginei espetar um alfinete num gajo e ficar contente com isso.
ResponderEliminarÉs doente !
;)))))))))))
Eu nem queria, ele é que fez questão! Qual doente, pá, foi o meu momento de glória ;))
ResponderEliminarCruzes!!! Bem, eu acho que fugia a 7 pés!!
ResponderEliminarBeijinhos
Qual fugias! Com aquela idade tinha a mania que podia fazer tudo é às vezes calhava. 😉
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