Tenho por princípio tratar os outros como gosto de ser tratada, não fazer aos outros o que não gosto que me façam.
E, não, não sou a melhor pessoa à face da Terra (credo!), não sou a boazinha de serviço, tenho um feitio torto, sou teimosa, impaciente, embirrante, muito senhora do meu nariz e chega por hoje. Repito, falo educadamente para toda a gente - tento pelo menos - quando entendo que tenho razão não parto logo com catorze pedregulhos em cada mão e se há coisa que me esfrangalha os nervos, são pessoas que acham sempre os outros incompetentes e malandros e o raio que as abrase.
Mas, hoje se me dirigisse à companhia de seguros a quem pago todos os meses por débito directo, aquilo que ela entendeu que devo pagar segundo o contrato que assumimos, estava capaz de capar alguém, como se capam os porcos.
Há seis anos que ando numa luta com eles, por nunca me mandarem a tempo e horas a carta verde automóvel. É telefonema para cá, telefonema para lá, deslocação até à agência mais próxima da minha área de residência, para responderem que é um problema informático que até hoje não resolveram. Depois de momentaneamente desbloquearem a situação, chego a receber três cartas verdes iguaizinhas.
Possuída e agastada como estou com este assunto, pudesse ter entrado naquela agência tinha levado a capadeira do Zé Feno (senhor da minha terra que capava bichezas).
Ó, cara##o e não me venham os ofendidos amigos dos bichos, chatear-me ainda mais a mona.