MAU TEMPO NO CANAL ENCEFÁLICO

Não sei porquê (?) mas apetecem-me férias, longe da rotina do dia-a-dia, longe da correria da manhã que começa às 7, longe da canseira de dizer 50 vezes à minha filha para se despachar, longe da preparação das refeições, longe das máquinas de roupa para lavar, estender, passar, longe de picar o ponto quatro vezes por dia, longe do trabalho aos sábados, longe deste tempo invernoso, do frio, da chuva, do vento, já nem me lembro de ver o mar calmo.

Apetecem-me chinelos no pé, roupas leves, apetece-me calor e não ter horários para cumprir e o diabo a sete. 

Férias, férias, quero férias e ainda falta tanto - mas o tempo passa a correr! -, passa, pois passa, mas é para o que ele quer. E o mapa de marcação de férias que ainda não chegou? Será que foi raptado? Será que se atirou ao oceano como a senhora inglesa? Será ... ? Tô danada, queria estar com umas trombas do tamanho do mundo, mas continuo sempre com este sorriso aparvalhado, a mostrar a cremalheira. Magui, tu desenfastia-te!

   

DELIRANTES ANOS 80

Quem não viveu a adolescência em plenos anos 80 do século XX, não sabe o que perdeu. Foi do melhorzinho a todos os níveis, com destaque para os penteados femininos (que também os havia em bom para o lado dos machos).

Aquilo sim, eram penteados ecológicos, onde qualquer passarinho podia constituir família numerosa. 

Muitas permanentes fiz eu, até atingir aquele elevadíssimo nível no cocuruto e conseguir estragar o cabelo, mas caramba, valeu a pena, ó se valeu!

Que atire a primeira pedra, quem nunca cometeu algum tipo de crime a nível capilar!

KARMA

Ilustração de Quino

LONGA VIDA

Para quem fez este folar - cozinheira de mão cheia - e o levou a minha casa no sábado passado, estava uma delícia. Pois, estava, porque assim que olhei para ele fiz-lhe logo o diagnóstico que não iria durar muito tempo. Já tive para pedir a receita, mas depois pensei, cada um é para aquilo que nasceu e eu não nasci com o dom da culinária, xapralá, para o ano espero que haja mais - ou ainda este ano, porque afinal, Páscoa é quando uma pessoa quiser!

ESCAPADELA DE PÁSCOA

Escapei por um triz a uma chuvada, mesmo à pouquinho.

Imagem via Pinterest

SENHOR ZUCK

Ou seja, Sr. Mark Zuckerberg, permita-me expressar a minha admiração por si que fez fortuna à custa dessa sua cabecinha pensadora, (caso raro no país onde vivo), fundando essa coisa do demo fantástica que é o facebook, ao qual resisti durante muitos e muitos anos (no tempo em que ainda tinha algum juízo). Mas, entretanto, tive a brilhante ideia de criar este admirável blog, e aí sim, vai blog, vai facebook, vai tudo! Queucánãsômenoscásoutras!!

Gostava então de lhe perguntar (que eu nestas coisas das redes sociais sou muito básica, e noutras também, mas deixemos isso para outra vez) - se tiver a amabilidade de me responder via facebook - porque raio, out of the blue, a aplicação do tal face que permite visualizar o número de "gostos" no blog, deixou de funcionar, pondo tudo num empate a zeros? Aquilo era um regalo, ver aqui os gostos a cair, como se não houvesse amanhã.

Espero não o incomodar mais, assim como espero não ser incomodada pelas cenas que vosselência inventa.

POLITICAMENTE INCORRECTA

Acerca dos atentados que ultimamente têm varrido a Europa, perpetrados pelo Daesch - com todo o respeito pelas vítimas e pela dor das suas famílias e amigos - entendo que a Europa não tem aprendido nada com isso, ou seja, não se tem unido na tentativa de encontrar soluções e agregar forças para este flagelo. É preciso que estes atentados aconteçam para que as forças de segurança actuem, para que a Europa fique em alerta, depois de tanto sangue inocente derramado, é que os responsáveis despertam para aquilo que há muito se previa. Enquanto estas barbaridades aconteciam (e acontecem) longe de nós, não tinham direito a abertura de telejornais, não se chamavam os comentadores para opinar, afinal tudo nos passava ao lado, nem sabemos bem onde tudo aquilo ocorre, aquelas pessoas são-nos indiferentes, não são os nossos filhos, os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos vizinhos e amigos, como se aquelas vítimas não fossem pessoas como eu, como vós. 

Mas, agora que o perigo nos espreita à porta de casa, é que estamos em choque, porque agora sim, temos consciência que pode ser um de nós, como se aqueles que morrem lá longe, não o fossem. 

A solidariedade é um sentimento muito bonito, se for genuíno, se for em meu nome ou de alguém cuja existência, cujo rosto desconheço.

Concordo com o que ouvi de Pacheco Pereira, temos que nos consciencializar que o problema não só é político, como também é religioso, e a Europa - todos nós - precisamos de coragem e de meios para o enfrentar, precisamos de deixar o politicamente correcto de parte e enfrentar o inimigo, seja ele de que religião for; de que fracção política for; de que nacionalidade; de que cor for; não interessa, se é hostil tem de se combater. Não se trata de uma questão de liberdade, porque ninguém é livre num mundo facínora.

A ADOLESCENTE QUE HÁ EM MIM

Nunca achei graça nenhuma ao rapaz e às suas canções, mas eis que surge com esta música e vai daí que gosto.

ROMANTICO, MA NON TROPPO

Por alguns dias apenas eu e o homem estamos em casa. E eu que vejo muitos filmes, imagino-me a chegar a casa depois do trabalho, acender umas velas, abrir uma garrafa de vinho e esperar que ele chegue, para nos sentarmos romanticamente à luz das velas a bebericar o vinho, enquanto - entre juras de amor eterno - conversamos calmamente acerca da vida e vamos despejando a garrafa de vinho, até ficarmos entorpecidos de vinho e de amor.

Agora que o guião está completo, passo à realidade, primeiro porque não gosto de vinho nem de qualquer outra bebida alcoólica, depois porque as velas que tenho por casa são da loja do chinês (para uma eventual falha de energia), nada propícias a cenas fofinhas. Fica a intenção e espero que o amor também.

E como a imaginação nunca me chega à cozinha, o jantar vai ser peixe cozido!

TRABALHO COM ALEGRIA

Começar a semana de trabalho desta maneira, é um privilégio - crianças e hora do conto.

Foto de R. V.

UM POST NUNCA ANTES VISTO

Dedicado a todos os pais, presentes e ausentes - que têm em comum o facto de morarem no nosso coração.

SOBRE LIVROS

Já vos aconteceu lerem um livro e terem vontade de saltar para dentro da história? Pois sucedeu-me com o último livro que li, A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón. O livro acompanha a vida de Daniel, uma criança com perto de 11 anos, que fica fascinado com um livro que encontra num local mágico e secreto onde o pai o levou. Depois de o ter lido, Daniel procura outros livros do mesmo autor, tentando ao mesmo tempo, saber algo sobre a sua vida.

Tratando-se duma trágica história de amor, o livro acompanha a vida das personagens durante várias décadas, que se sobrepõem, onde não faltam segredos, intriga, comédia e um pouco da história de Barcelona da primeira metade do século XX. 

Com uma narrativa soberba, o livro envolve e apaixona o leitor (no meu caso), que não sossega enquanto não lê a palavra Fim, mas que apesar das suas 507 páginas sabe a pouco. Fabuloso, adorei. Espero em breve ler O jogo do anjo do mesmo autor, que nos transporta de novo à Barcelona daquela época e ao local secreto que mudou a vida de Daniel.
Grande desafio este do livro secreto.

Ó LARILÓLELA, COMO ESTA NÃO HÁ NENHUMA

A minha terra, pois claro! E porquê? Porque é minha, foi lá que nasci, foi lá que me fiz gente é lá que moro. Terra pequena, balnear e piscatória, que deu à luz muitos poetas, na sua maioria analfabetos e com uma grande peculiaridade (talvez característica de terras pequenas), toda a gente tem alcunha e é por ela que é conhecida pelos seus conterrâneos. São muitas e variadas: Carapinhas; Baus/Bauas; Bacalhaus/Bacalhauas; Boinas; Rasteiras; Batalhitas; Gatas; Arda; Canca; Rata; Esgalhado; Trabequeta; Nicha; Come-notas; Papagaio; Chefe; Maus/Mauas; Narro; Xaréu; Conas da mãe; Cevelheiras; Cuco/Cuca; Fanfas; Mulatos; Charneca; Lobas; Cubanas; Muda; Pixa; Setes; Carcaça; Bago; Poeta; Canastreiro; Rabitas; Batatas; Conho; Pedrogueiras; Tau; Marrã; Cravidão; Brejuna; Rebeloa; Sarreta; Migas; Maçaricos; Cegos; Xota; Nazarenos; Gadelhas; Calvos; Coxo; Táxeira; Moço; Carocho; Moleiro; Esquinita.

Vou parar por aqui para não vos maçar (mais), mas digam a verdade, têm melhor na vossa aldeia/vila/cidade? Dúvido!

COMUNICADO

Caríssimo(a)s, Magui informa que se encontra num estado lastimável de falta de imaginação pelo facto de estar adoentada, espera amanhã ter o problema resolvido, caso contrário aconselha os seus estimados leitores a lerem o Borda d´Água.

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"LEVANTOU POEIRA"

Esta pessoa estava muito bem na sua vida quando começa a ouvir o homem a falar em obras no exterior da casa, porque precisa, tu (eu) sabes que sim, e tal e coiso e quando dou por mim, tenho a casa em alvoroço "derivado" de obras -repito - no exterior da casa. Tudo aquilo me lembra o cenário do Apocalipse now, até parece que vejo o Marlon Brando a amassar cimento, há duas semanas que nem os estores posso abrir, dentro de casa só se vê pó, só cheira a pó, mais um pouco e temos que andar em casa de máscara. 

É assim que me livro da mania das limpezas?? E estes dias tão bonitos, ... eu mereço?!

Estou pior que a Ivete Sangalo, quando viu o marido bater papo com outra.

Se demorar muito, juro que vou precisar dum exorcista!

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SEXTAS À NOITE

Aula de Pilates - é tão bom, faz-me bem, - só não vou assim despida vestida e também ainda não atingi este nirvana corporal, - mas gosto, pronto! Quem acha que é para meninos, experimente e depois opine.

RECORDAR

Ouvi na Rádio, que hoje é Dia do Sogro e lembrei-me do meu - que recordo muitas vezes com carinho.

Tinha o mesmo nome do meu pai, faleceu cedo demais, foi o grande responsável pelo facto da minha filha mais velha ser sportinguista e sei que estaria muito orgulhoso do percurso dela. Era pessoa de poucas palavras e muitos afectos, mas oiço-o a contar episódios da sua vida por esse mundo fora onde esteve.

Relembro sobretudo, a sua generosidade e o amor enorme que tinha pelo filho e pelas netas.

A vida também é isto.

PARA OUVIR COM ATENÇÃO E REFLECTIR

UM ANO DE BLOG

Obrigada por passarem por aqui - poucos, mas bons - eu vou continuar, continuem também. Mi casa es su casa.

QUEREM LÁ VER QUE NEM AMANHÃ ME SAFO DO AVENTAL

Tenho andado em arda para encontrar um lugar, onde amanhã possa jantar - eu e um grupinho - para comemorarmos o Dia da Mulher. Não me venham com histórias da Carochinha, ai coiso e tal, o Dia da Mulher é/deve ser todos os dias, concordo plenamente, mas, também todos os dias são bons para se comemorarem e para arranjar pretexto para não cozinhar. Se preferirem vamos comemorar o facto do Cavaco deixar de falar ao país! (Perceberam? Era uma chalaça.)

Mas, dizia escrevia eu, que não consigo arranjar um sítio agradável para assinalar tal efeméride, uns porque não conseguiram número de pessoas suficientes, outros porque estão cheios, outros porque não me inspiram confiança, outros porque são longe e no outro dia o despertador chama às sete da madrugada (sacrilégio!). 

Alguma coisa se há-de arranjar, nem que seja o bem amado cá de casa, cozinhar um bitoque com ovo a cavalo, para o je.

Isto leva-me a pensar, que rica vida eu teria, se as minhas preocupações diárias fossem arranjar restaurante para jantar. Xinapá!

BOM DOMINGO

Para o pessoal que hoje está com azia do tamanho do Estádio de Alvalade, uma música muito especial. 

PRIMEIRAS!

A querer ir ao espaço, mas qual espaço? Atão, o espaço, lá em cima, onde vão os astronautas, a bordo de naves espaciais. Ah, vocês não sabem? Scott Kelly, astronauta norte-americano, depois de ter passado 340 dias na Estação Espacial Europeia, cresceu 5,08 centímetros e rejuvenesceu!! O que são 340 dias à deriva, se o resultado é este - já passei muitos dias à deriva, que só me arreliaram e envelheceram - por isso, quero ir à deriva para o espaço, se é para crescer e ficar mainova. Parece que estes fenómenos estão relacionados com a ausência de gravidade que prolonga a coluna vertebral e também com a Teoria da Relatividade de Einstein. Quem quiser ir forme uma fila indiana ordeiramente, mas ficam já a saber, eu sou a cabeça de lista, para tão perigosa e bela missão. 

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OBSESSÕES

Cada um com as suas, que ninguém se engane a pensar que é um poço de perfeição e virtudes, não é verdade! Mas não é a isto que venho, ou se calhar até é, porque eu sou um ser com muitas obsessões - também há quem lhe chame teimosia -, chamem o que quiserem, a língua portuguesa é muito rica e variada, portanto é só escolher o termo que acharem mais adequado, (não me conhecem de lado nenhum? Chamem na mesma o que vos aprouver, problema vosso!) Ora, uma das minhas grandes obsessões é a organização, gosto de tudo arrumado, direitinho nos seus lugares, detesto viver no caos. Mas, como a vida é irónica, sou a única em casa que padece de tal enfermidade, o resto da malta é toda muito zen, querem eles saber destas minudências, o homem até diz que dentro da sua desordem (a que eu chamo bagunça), encontra tudo de que precisa e ambas as filhas são escarradas o pai. Adiante! 

Por várias razões, costumo ficar algumas vezes geograficamente solteira e aí dou azo a essa obsessão compulsiva de organizar, arrumar, limpar, agrupar, dispor, ajeitar, mas ... (rufar de tambores), já consigo ter maior controlo sobre isso, desvalorizo, já não me fervem os nervos com tanta facilidade. O que me leva à seguinte questão: estou a ficar velha ou sábia?

NAÇÃO VALENTE

Não sei se já está completo o programa das festas, da tomada de posse do futuro Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, no próximo dia 9 de Março. O que sei é que vai suplantar o Mega Piquenique do Continente. 

Ora, esta modesta cidadã, vem por este meio oferecer os seus serviços, para aprimorar tão solene e patriótica cerimónia. Cantar não sei, mas danço o malhão que é uma maravilha.

Ó Nação Malhão, Nação Malhão

Que vida é a tua?

Comer e beber, ai tirim-tim-tim

Passear na rua!

APONTAMENTOS

E Março apresentou-se ao serviço com um sorriso nos lábios e todo catita, a cheirar - pouquinho - a Primavera, este ano trazendo o cheiro das amêndoas e do folar e há-de trazer também (para estas bandas) o mapa de marcação de férias. Março, és grande!