quarta-feira, 30 de setembro de 2015

OS OBJECTOS DA MINHA VIDA

Imagem Wendy Chidester

Este belo exemplar duma máquina dactilográfica ou máquina de escrever - todos sabem o que é, verdade? Nem que já tenham visto alguma num museu, - pois a mim traz-me recordações do tempo do secundário. No ano em que fiz o 12º ano, tirei um curso de dactilografia, ainda conservo o diploma com muito amor e carinho.
E sabem vocês, pessoas mais novas, que só conhecem computadores e afins, que se podiam lá colocar duas folhas com papel químico no meio, de maneira a tirar-se uma cópia? Muito bom ...
Cheguei a concorrer a um trabalho, em que uma das provas, era precisamente dactilograr um texto numa máquina destas. Mas, não fui apurada, e eu até batia bem nas teclas. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

E SORO? SORO, NÃO TEMOS

Ultimamente evito ao máximo ouvir/saber das notícias deste pedaço de mau caminho, chamado Portugal. Porque geralmente me deixam à beira dum ataque de nervos e eu sou pessoa que preservo muito a minha sanidade mental, para mais agora com o regabofe da campanha eleitoral, (sei bem em quem votar, não preciso de sofrer nenhuma lobotomia). 
Mas, hoje ouvi, que o fornecimento de soro aos hospitais está em risco devido à incapacidade das empresas, em enfrentar o custo elevado do seu fabrico, em contrapartida com o preço de venda muito baixo.
Alguém que chame à razão os senhores do governo e os informe que o soro é um produto fundamental para suporte de vida.
Pena não lhes dar um ataque de caspa no céu da boca, e terem que o coçar com um piaçaba, isso é que era serviço de interesse público!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

POR ESSE DOURO ACIMA

Manhã cedo, com forte nevoeiro e algum frio, embarcar num cruzeiro a partir da cidade do Porto, ir apreciando a paisagem arrebatadora. À medida que a manhã avança, o nevoeiro desaparece, dando vez ao sol que nos brindou com calor, passar pela experiência de atravessar as Barragens do Carrapatelo e de Crestuma-Lever, chegar ao Peso da Régua, depois de 7 horas incríveis de viagem, desembarcar a ouvir o pregão das vendedoras de rebuçados da Régua. Ir encosta acima de autocarro, para visitar uma quinta produtora de vinhos, localizada na sub-região do Cima Corgo, no coração da Região Demarcada do Douro, mais uma vez, a paisagem tira-nos o fôlego e enche-nos o peito de brio, por este país tão bonito e tão nosso.
Na viagem de regresso ao Porto, de comboio, já com a noite a cair, fechar os olhos por instantes, e rever as paisagens gravadas na memória e no coração.















quinta-feira, 24 de setembro de 2015

NÃO SEI SE GOSTO, OU ANTES PELO CONTRÁRIO, MAS QUE TEM O SEU LADO ÚTIL, TEM



Chapéu muito útil para a minha pessoa, quando me dá a preguiça de lavar a cabeça, tapando a parte em que se nota "uma certa oleosidade", atenção, muita atenção, que sou pessoa dada ao banho diário, mas o cabelo, além de não haver necessidade de o lavar todos os dias, também dá muito trabalho e despesa, (champô, amaciador, máscara), portanto menos um problema na minha vida.


Outra grande utilidade, para esta alminha (eu), sempre que veste collants e os rompe, deixa de ser uma maçada e passa a andar muito original e diferente de todas as outras, (ou outros, que eu cá, prezo muito a liberdade de cada um) logo, um must.

Imagens via Pinterest

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

ESTE BLOG TAMBÉM DISSERTA ACERCA DO OUTONO

Chegou hoje,  dissimulado, cara alegre com sol, mas com vento, esse que cala a desgraça, e que me diz para me acautelar, que comece a pensar nos casacos de malha, nos lenços a aconchegar a garganta, nos pés tapados com meias e botas, e isso aflige-me, que o verniz que ainda conservo nas unhitas dos pés ainda merece ser visto e apreciado.
Mas o Outono é tão necessário, claro que sim, o que não me obriga a gostar dele. Mas o Outono é lindo e enche a paisagem de mil cores, sim, mas isso é para os poetas, não é para mim. Mas o Outono é tranquilo, só que vivo numa praia, onde esta bela estação se faz sempre acompanhar de muita ventania e transforma o mar numa visão fantasmagórica, o que não me deixa nada tranquila.
É romântico o Outono, pode ser que sim, porque a malta quer é estar no sossego do lar, bem juntinha por causa do frio, perto da lareira. Isto para quem tem lareira, o que não é o meu caso.
Não leves a mal Outono, mas realmente, não te gramo (e tu ralado!), porque encolhes os dias, porque fazes o pessoal sair do trabalho já de noite, porque logo de seguida mandas o Inverno, no entanto respeito-te, por isso, vem de mansinho, para eu me ir habituando à tua presença.
Mas, venham daí as castanhas, o doce de abóbora e o chocolate quente, que adoçando-me a boca, adoças-me o coração, por uns instantes ...


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MIL E UMA RAZÕES PARA VISITAR LISBOA

Cara senhora (estrangeira, a bem da verdade), venho esclarecê-la que não, não sou maluca nem masoquista. Quando me viu no fim-de-semana passado, no cimo da escadaria de acesso ao Panteão Nacional, em Lisboa, e ficou perplexa a olhar para mim, isto é, para as sandálias que eu calçava, de salto fininho e vertiginoso, pensou com certeza que eu não batia bem da bola.
Mais não sabe que para lá chegar, fiz o caminho a pé desde a Estação de Santa Apolónia, num percurso de 10 a 15 minutos, sempre a pique, tendo depois que fazer o percurso inverso a descer, que neste caso, com aquela calçada e aqueles saltos, nem os santos ajudaram.
Mas deixe-me dizer, em minha defesa, que não sabia ao que ia, nem sabia que ia visitar o Panteão, nem que aquilo fica situado no Alto dos Tormentos, (saiba a senhora que sou provinciana e, shame on me, conheço pouco Lisboa), porque fui inserida num grupo cujo objectivo era assistir ao musical de Filipe La Féria “As mil e uma estrelas”, no Casino Estoril, mas que decidiu visitar o Panteão, antes do espectáculo.
Uma óptima decisão, pois além de lá repousarem grandes vultos da história de Portugal, o edifício é lindíssimo, com uma vista fenomenal, como deve ter constatado.
Garanto-lhe que para o Casino Estoril, fui de carro, onde fiquei muito bem sentada no Salão Preto e Prata, a deliciar-me com o musical.
Mais lhe digo que as ditas sandálias já tiveram melhores dias, assim como as minhas pernas, que me doem desde então.
De uma coisa tenho a certeza, o Panteão Nacional de Lisboa ficará sempre gravado na minha memória (e provavelmente, na sua também).
Por tudo isto e mais um par de sandálias, diga lá aos seus compatriotas, que vale muito a pena visitar Lisboa e o resto do país, obviamente.

Ilustração Inna Panasenko

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

OUVI-ME SENHORES

No concelho onde vivo, e, penso que na grande maioria do país, os alunos que frequentam o ensino público dirigiram-se hoje às escolas para as devidas apresentações, arrancando em força na próxima segunda-feira o novo ano lectivo.
Caríssimos pais, aproveitem da melhor maneira este fim-de-semana, em que ainda não há TPC nem matérias para empinar estudar, nem mochilas para verificar, nem lanches para arranjar, e tudo e tudo que já conhecem bem, ou não, se forem pais de 1ª viagem, nesta questão.
E nem se ponham a pensar na insignificância do preço dos manuais escolares, e no facto dos mesmos não servirem duns anos para os outros. Então vós não sabeis, que todos os dias o mundo pula e avança e com ele todas as ciências do conhecimento? Ainda na passada semana foi descoberta na África do Sul a mais vasta colecção de ossos de hominídeos de sempre, a que deram o nome fofinho de Homo naledi. Como querem vocês que os manuais sejam sempre os mesmos, se estão sempre a fazer novas descobertas, na área x, y, ou z? Má vontade da vossa parte, é o que é ( e, por acaso da minha também).
Façam como eu, se bem que não seja exemplo para nada, nem para ninguém, que ainda no trabalho, querida amiga e colega fez anos, e como tal foi começar a dar nos doces, para não ficar de mau humor e não pensar em cenas (adoro esta palavra, faz-me sentir uma gaiata) que arrasam com os nervos de qualquer um.
Bom fim-de-semana, com pensamentos light e gourmet.

VERDADE, VERDADINHA



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

PODIAM TER MANDADO O RICARDO ARAÚJO PEREIRA

Apresento as minhas sinceras desculpas à Exma. Administração da Vodafone, pelo trabalho que causei, ao terem que me enviar por correio, um envelope em formato A5, contendo 3 folhas A4, para me cobrarem um cêntimo, correspondente a dívida de roaming.
A sério, muito humildemente, aceitem as desculpas desta vossa, ainda, cliente.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O LIVRO DE RECLAMAÇÕES, FÁXAVÔR

Pessoas bem informadas, sabem-me dizer onde se pode reclamar por causa deste mau tempo que assola o território? Não sei se é no território nacional, mas no meu território assola uma ventania terrível, com direito a assobio e tudo, com uma chuva picuinhas desgraçada, parece inverno, mas daquele verdadeiro, em bom, que dia mais feio! Esta pessoa hoje saiu de casa para vir ganhar o pãozinho de cada dia, e calçou botas e vestiu manga comprida e um blusão. Mas qué isto? Então o Verão (que ainda nem acabou) sofre de bipolaridade, e uma pessoa que o ature e que leve com o seu mau feitio nos ossos, que já por natureza são fraquinhos.
Fui espreitar o mar e aquilo parecia um cão raivoso, a sair-lhe espuma pela bocarra. 
Hoje estou que nem posso, agora que cheguei a casa, só quero uma mantinha pelos joelhos, um chá quente e o resto que se faça sózinho, credo, até estou com azia.

Ilustração Igor Mudrov

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

COCÓS HÁ MUITOS (PALAVRA DE ESPECIALISTA)

Já aqui disse que gosto de ler, mas não sou uma leitora compulsiva, por variadas razões, entre elas também a preguiça, confesso.
Por questões profissionais, lido com livros e por isso passam-me muitos pelas mãos e para os classificar, se a sinopse não for o suficiente, tenho que os aprofundar um pouco mais e se me interesso por algum, levo-o para ler em casa.
Foi o caso deste que me trouxe, hoje, aqui. Chama-se "A vida secreta dos intestinos" e foi escrito por Giulia Enders, médica alemã, formada em Gastroenterologia. 
A autora afirma no livro que este é o órgão do corpo humano, mais subestimado, e que muitas vezes temos vergonha dele. Enquanto, por exemplo, o cérebro é admirado pelos pensamentos que produz, o coração é vital pelo sangue que bombeia para o resto do corpo, pelo contrário, ninguém dá um flato e se venha gabar disso, do género - acabei de largar um flato, digno do Guinness Book. 
Sabiam que os intestinos têm um cérebro próprio? (Será por isso, que algumas pessoas têm ideias de merda, caca?) Adiante, que não foi a isto que vim.
Em resumo, com este livro, ficamos a saber detalhes interessantes sobre os intestinos, tais como, grande parte da nossa saúde, - da pele às articulações e ao peso ideal - depende do seu bom funcionamento, ficamos a saber como regular a flora intestinal e até a maneira correcta de fazer aquilo que mais ninguém faz por nós. 
Até nos presenteia com um pequeno apontamento sobre as fezes: composição, cor e consistência, sendo que nesta última existem 7 tipos. Vá lá, não sintam repulsa, para saber qual é o vosso, têm que dar uma espreitadela no presente que deixam na retrete. A bem da vossa saúde.
Se não quiserem ou não puderem adquirir o livro, requisitem-no numa biblioteca.

sábado, 12 de setembro de 2015

MINHA MÃE

Hoje completas mais um ano. E eu estou feliz por te ter comigo, por poder contar contigo, estou feliz pelo nosso amor. 
E eu, que sou a única que te chama mãe, desejo ver-te envelhecer junto de mim, mas devagarinho, mãe, não tenhas pressa, pede apenas um dia de cada vez, deixa o tempo prolongar-se, deixa-te ficar sempre comigo.
Parabéns, mãe.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

BOLETIM FASHION / METEOROLÓGICO

Dizem os entendidos e o Senhor S. Pedro, que vai chover no fim-de-semana e, aqui onde vos escrevo - região Centro, Litoral Oeste - o vento já não bate levemente, mas sim, com grande pujança.
Ora, então o que fazer, senão levar com ele nos costados, para não ficar em casa a maldizer o tempo e a vida (que lá nisso, não há quem nos ultrapasse!). Ficar a ver séries como se não houvesse amanhã, não é opção, (Game of thrones, Walking death, deixam-me amofinada), para mais há um aniversário para festejar e compras escolares para fazer, filha mainova dixit.
Portanto escolhi uns looks e alguns acessórios para condizer com o tempo e que me parecem muitíssimo bem, pois então. 

A Gaga é que a sabe toda
Cuidado com a visibilidade
Para apanha da fruta
Chapéu mãos livres
Usar e deitar fora


Para não pensarem que sou pessoa de gosto duvidoso, deixo-vos uns botins Vivienne Westwood, bem janotas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

CORRECTO E AFIRMATIVO

"Pensar é bom, pensar com lucidez é óptimo, porém pensar demais é uma bomba contra a saúde psíquica, o prazer da vida e a criatividade."
                                                                              Augusto Cury


terça-feira, 8 de setembro de 2015

A ALICE QUE MORA EM MIM

Alguém sabe onde fica, onde está o mundo paralelo dos duendes e fadas encantadas? Onde existe a passagem que nos transporta para o mundo fantástico do faz-de-conta? Qual Harry Potter e companheiros com destino a Hogwarts, mas sem Lord Voldemort, apenas com o sábio professor Dumbledore, a desejar-nos boas-vindas, vassouras voadoras, retratos falantes que nos façam rir e seres fantásticos, que nos enfeiticem e nos deixem maravilhados e felizes, convencidos que será para sempre.
Há dias, assim, em que desejamos o impossível. Em breve volto à realidade, mas hoje estou pronta, alguém por aí se quer juntar?

Imagem via Pinterest


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

PARA SUAVIZAR A SEMANA

Pranto aqui, algumas imagens do meu fim-de-semana, por terras de além Tejo.








Onde os rios Tejo e Zêzere se abraçam - Constância



"Se fores ao Alentejo
não leves vinho nem pão:
leva o coração aberto
e o filho pela mão."
Eduardo Olímpio

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O QUE É NACIONAL É BOM

António Zambujo e o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento (Baixo Alentejo). Música "Fui colher uma romã."

Bom fim-de-semana

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

"FALTA-NOS UM PRESENTE"

Andamos sempre muito ocupados, com as nossas vidinhas, com os nossos problemas (sempre maiores e piores que os dos outros, afinal, são nossos), lamentamo-nos muito, do tempo, do dinheiro que não estica, dos filhos, do emprego, do cão do vizinho, andamos sempre numa correria, andamos sempre cansados, andamos sempre stressados. No final do dia, temos o nosso porto de abrigo – a nossa casa – por muito singela que seja, não interessa, é lá que carregamos baterias, é lá que à noite deitamos a cabeça na almofada e adormecemos, com a certeza de que, no dia seguinte veremos de novo o sorriso dos nossos filhos, que continuamos com o mesmo trabalho, os mesmos colegas, que a nossa casa se mantém erguida para nos acolher, enfim, que a nossa rotina, a nossa vida continua, com problemas e alegrias.
E se um dia não for assim? Se um dia acordarmos e não reconhecermos a nossa rua, se caírem os escombros da nossa casa em cima de nós, se a vida como sempre a conhecemos – e tínhamos como garantida – desaparecer?
E se um dia num qualquer país, as imagens que passam nos meios de comunicação social, a dar conta dos milhares de migrantes que fogem do seu país a qualquer custo, - de barco, de contentor, a pé, a nado - devido à guerra, mostrarem as nossas caras, as dos nossos filhos, dos nossos pais, dos nossos amigos? 
Caras onde se lê o desespero, o terror, o absurdo, o cansaço, de serem escorraçadas do seu país como cães sarnentos, da sua realidade, da sua liberdade, da sua língua mãe, para tentarem uma vida (vida?) em países que os “recebe” como leprosos, que erguem barreiras e arame farpado à sua chegada, que os encaminha para campos de refugiados, onde não existem as mínimas condições para um ser humano viver estar.
Que crime cometeram estas pessoas? Que mal fez o povo sírio ao mundo? Quantos mais ainda terão que sofrer, que morrer, para que o mundo aprenda algo com isso, uma vez, que em pleno século XXI e com tantas atrocidades anteriormente cometidas, não aprendemos nada, rigorosamente nada.
Portugal irá receber alguns (poucos) destes refugiados, no âmbito do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI). Acredito que grande parte deles, não queira ficar em Portugal durante muito tempo e percebo-os, contudo, sejam bem-vindos, que aqui encontrem alguma paz e dignidade que lhes roubaram.
Quanto aos jihadistas, quem os financia? Quem os arma? Quem lhes concede este poder monstruoso?

(O título deste post, pertence a um poema da autoria do poeta árabe Mahmoud Darwish)

terça-feira, 1 de setembro de 2015