Acerca dos atentados que ultimamente têm varrido a Europa, perpetrados pelo Daesch - com todo o respeito pelas vítimas e pela dor das suas famílias e amigos - entendo que a Europa não tem aprendido nada com isso, ou seja, não se tem unido na tentativa de encontrar soluções e agregar forças para este flagelo. É preciso que estes atentados aconteçam para que as forças de segurança actuem, para que a Europa fique em alerta, depois de tanto sangue inocente derramado, é que os responsáveis despertam para aquilo que há muito se previa. Enquanto estas barbaridades aconteciam (e acontecem) longe de nós, não tinham direito a abertura de telejornais, não se chamavam os comentadores para opinar, afinal tudo nos passava ao lado, nem sabemos bem onde tudo aquilo ocorre, aquelas pessoas são-nos indiferentes, não são os nossos filhos, os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos vizinhos e amigos, como se aquelas vítimas não fossem pessoas como eu, como vós.
Mas, agora que o perigo nos espreita à porta de casa, é que estamos em choque, porque agora sim, temos consciência que pode ser um de nós, como se aqueles que morrem lá longe, não o fossem.
A solidariedade é um sentimento muito bonito, se for genuíno, se for em meu nome ou de alguém cuja existência, cujo rosto desconheço.
Concordo com o que ouvi de Pacheco Pereira, temos que nos consciencializar que o problema não só é político, como também é religioso, e a Europa - todos nós - precisamos de coragem e de meios para o enfrentar, precisamos de deixar o politicamente correcto de parte e enfrentar o inimigo, seja ele de que religião for; de que fracção política for; de que nacionalidade; de que cor for; não interessa, se é hostil tem de se combater. Não se trata de uma questão de liberdade, porque ninguém é livre num mundo facínora.
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