CARO SENHOR JORGE BERGOGLIO

Dizem que o senhor é uma pessoa simples, modesta, com sentido de humor, trabalhadora e eu gosto de pessoas com essas características.

Hoje assume o cargo máximo dentro da Igreja Católica, hoje o senhor é o Papa Francisco, hoje visita o meu país. Saiba que somos um povo afável, trabalhador e muito engraçado. 
Imagine que ontem, os meios de comunicação social e os comentadores de profissão, apregoavam a toda a hora o impacto negativo que a greve dos médicos estava a causar aos utentes e ao Estado, hoje, por motivo da visita de Vossa Excelência, o Estado decidiu dar tolerância de ponto aos funcionários públicos onde se incluem os médicos e nem uma palavra sobre o prejuízo que tal possa causar, mas quanto a isso o Senhor não tem culpa de tamanha hipocrisia.

Não acredito naquilo que o senhor representa, não acredito no milagre de Fátima, o que não será impedimento de nos respeitarmos e entendermos.

Acredito que um homem ou uma mulher amarem outro(a) não é crime nem pecado, acredito que uma mulher tem o direito de decidir sobre o fruto do seu útero (creia que nunca é uma decisão fácil), acredito em muito mais que a Igreja rejeita em nome de Deus.

Consta que o senhor tem intenção de mudar alguns dogmas, mas ambos sabemos que essa é uma tarefa hercúlea.
Em comum temos o facto de preferirmos um ateu sincero a um católico falso eu própria sou ateía e garanto-lhe que por mim não vem mal ao mundo e que existem alguns católicos que têm lugar especial no meu coração.
Hoje um grande número de portugueses está em festa pelo facto do Senhor nos visitar, amanhã se o Benfica se sagrar campeão nacional de futebol estarão outros tantos ou se o Salvador vencer o Festival Eurovisão da Canção. 
Eu vou estar incluída nalgum desses números.
E, assim, se vai levando a vida ...