quarta-feira, 22 de março de 2017

TAMBÉM SE APRENDE A SER FELIZ?

De repente, por impulso, por opção, por necessidade, larga-se a vida que temos, o país onde nascemos, a língua que conhecemos, deixam-se pais, familiares, amigos, colegas para trás, rumo a uma nova vida, numa fase em que era suposto termos a vida encaminhada, em que já não somos jovens inexperientes.
Juntar a trouxa, os filhos, o cônjuge (ou ir ao encontro dele), partir para outro país, para outro continente, outro tipo de clima, de gente, cultura, hábitos.
Será preciso coragem, uma dose de loucura, amor, gosto pela aventura, egoísmo ou apenas um bilhete de avião, como quem vai à terra visitar os pais, no comboio que pára em todos os apeadeiros?
O que fará isso à pessoa que sempre fomos? Sentiremos culpa por deixar tanto para trás? Sentiremos culpa por sujeitarmos os nossos filhos a uma realidade estranha? Sentiremos amargura, infelicidade, frustração? 
Ou iremos experimentar a liberdade que nunca sentimos até então? A paz que tanto buscamos dentro de nós, pode ser passível de encontrar junto de estranhos? 
Antes de criar o meu blog, já seguia o da Calita, Panados e arroz de tomate, que não conheço para além da sua escrita. A Calita foi continuar a ser feliz para Timor Leste, porque estou convicta, que quem toma uma decisão destas é feliz em qualquer lugar do mundo.
A Calita tem uma filha de 16 anos, que vive noutro lugar, longe dela.
A Calita que não conheço, é uma mulher do caraças.
Admiro mulheres assim, simples, capazes de se sentirem bem sob qualquer céu, ou então não é nada disto, sou só eu a romancear e a admitir a minha inabilidade para grandes voos.






8 comentários:

  1. Jon Bon Jovi, és tu, filho?

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    1. Bon(m) sou, jovem já fui. Bjs

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    2. Ainda tás um moço bem jeitoso e prás curvas. Beijo grande💗

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  2. Deve ser complicado começar tudo de novo num lugar que desconhecemos.

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  3. Penso que sim, ao mesmo tempo deve ser um grande desafio à nossa resiliência

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  4. Pequeno caso sério23 março, 2017

    Tenho próximos de mim alguns exemplos de quem foi e por isso acho que tenho crédito para falar sobre o assunto.

    Quem vai não fica igual.
    Quem fica, torna-se diferente.
    Apesar de ser uma escolha individual afeta todos à sua volta e por isso mesmo deve ser muito bem ponderada.
    Admiro quem parte. Só ainda não decidi se admiro pela coragem se pelo egocentrismo.
    Quando descobrir, digo-te.

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    1. Não é fácil nem para quem vai nem para quem fica.
      A ida da minha filha para Inglaterra há dois anos, deixou-me um vazio que dói, mas aprendi a conviver bem com isso e o orgulho e a felicidade que sinto por tudo o que ela tem feito e conquistado é superior a tudo o resto.

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