quinta-feira, 27 de julho de 2017

AINDA (O ETERNO?) FLAGELO DOS INCÊNDIOS

Agora que foram divulgados os nomes das vitimas mortais do incêndio de Pedrógão Grande, ficaram as hostes satisfeitas?
As vitimas não são meros números, é certo, mas não vejo qual a necessidade desta medida, se foi Maria ou Manel, morreram 64 pessoas tragicamente.
As suas famílias e amigos sabem os seus nomes de cor, recordam os seus rostos e precisam de continuar o processo de luto, sem folclore à sua volta.
O país continua a arder. As grandes questões de fundo é que precisam de ser questionadas, debatidas, divulgadas, para que não se continue a lamentar mais perdas humanas.

Hoje li um comentário neste blog, feito por uma pessoa que se questionava acerca da razão porque ainda não terá ardido o Pinhal de Leiria.
Infelizmente, ardeu. 
No primeiro fim-de-semana de Agosto de 2003, um incêndio de grandes proporções queimou cerca de 2500 hectares do Pinhal que correspondem a um quarto da sua área florestal, chegou a ameaçar áreas residenciais, sem consequências mais graves.
Os indícios apontaram para acto criminoso.
No primeiro dia depois daquela calamidade, que percorri de carro o trajecto habitual que faço para o trabalho, não reconheci aquele cenário desolador.
Ainda hoje, as marcas do incêndio são visíveis em vastas áreas.
Nesse ano, por todo o país arderam perto de 300 mil hectares de floresta. 

Passaram 14 anos. O que mudou? O que irá mudar depois de 2017?




4 comentários:

  1. Não aprendemos mesmo... -.-
    Os anos passam e nada se faz :s

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  2. Tb ia postar sobre isso, mas o que estava a pensar as pessoas já estão a escrever ... Faz-me imensa confusão a importância que foi dada a uns fogos e outros desvalorizados politicamente... Parece que nada aprendemos com os erros. Curioso o caso de Mação: tanta prevenção, tanta tecnologia, mas o problema de fundo manteve-se: a estratégia florestal.

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  3. Nesta questão tudo me faz confusão. Vivi de perto o incêndio de 2003 no Pinhal de Leiria, acho que o apocalipse deve ser muito parecido com aquilo.
    Incrível, como os políticos aproveitam estas tragédias para se guerrearem, ao invés de unirem esforços e ideias para as prevenir e combater.

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