BEM SEI QUE O TEMA JÁ FOI MUITO DEBATIDO, MAS NÃO POR MIM, POR ISSO

Recuemos no tempo (Ai como o tempo pôs neve nos teus cabelos), adiante, que não vim para cantar o fado. Escrevia eu, recuemos até ao glorioso mês de Julho em que Portugal se sagrou campeão europeu de futebol (Ó Mister Santos, ainda não percebeu que o Éderzito fez o golo da vitória, mas não deixa de ser um calhau em campo?), lá estou eu a desviar-me do que venho cá dizer.

Onde eu quero chegar é à estafada viagem paga pela Galp - a tal empresa que tem litígio fiscal pendente duma bagatela de milhões de euros com o Estado, nomeadamente com um serviço que depende da tutela da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais - ao Secretário de Estado dos tais Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, para o senhor assistir a um jogo do europeu. Como diz o povo "quem não tem vergonha todo mundo é seu", o tal senhor e o chefe do governo, acharam muito normal. Quando a coisa veio a público, ai Jesus que falta de ética, resolveu-se a questão com o Secretário a pagar a tal viagem e a não ser tido nem achado em questões que envolvam a empresa e não se fala mais no assunto.

Pergunto eu, vivemos em democracia ou não, hein? Então se sim, porque é que eu, cliente da Galp, a quem pago todos os meses um serviço que me fornece, não tenho o mesmo direito que o senhor Secretário Fiscal?

Nem uma viagem na carreira, ao Vale do Côa, para ver as gravuras rupestres?

E já agora que estou com a mão na massa (salvo seja), se eu for abastecer o meu carro na Galp e zarpar sem pagar, for apanhada pelos agentes da óturidade, o que é que me acontece? Pago o que devo e assunto resolvido? Méquié?