Pessoas todas, a vida como vai?
E o novo ano, hã? Com novo confinamento à porta, estamos a começar mal, parece que a malta no Natal e passagem de ano pensou que o bicho também fosse comemorar lá para o raio que o parta, mas não, andou a distribuir veneno forte e feio.
E eu não querendo apontar o dedo a ninguém, como tenho lido por essas redes sociais fora, Jasus! e percebendo que estamos fartos disto e que a economia está a escambar, mas sabendo da fragilidade do SNS, do esforço hercúleo que todos os que estão na frente da batalha, estão a fazer, venho apenas deixar algumas sugestões para que todos juntos consigamos ultrapassar esta merda rapidamente.
Lembram-se de quando éramos crianças e nos obrigavam a ir visitar aquela tia/prima chata que dava muitos beijinhos, deixando a nossa cara numa lástima derivado do farto bigode que tinha? E nós fazíamos uma birra descomunal levando os nossos pais ao desespero e ficando o fim-de-semana de castigo, sem pôr um pé na rua, não havendo brincadeiras com os amigos? Então, agora é só prolongar esse castigo mais tempo e sair apenas o necessário, como se estivéssemos a ser perseguidos pelo bigode da tal tia/prima. Não custa nada.
Lembram-se do tempo da adolescência, em que nos apaixonávamos pelos bonitões e bonitonas que nem sequer sabiam que existíamos, e nós só desejávamos morrer (salvo seja) e queríamos estar sozinhos a chorar baba e ranho, de preferência sem ver ninguém? Lá está, prolonguem mais um tempo esse desejo de não ver ninguém, nem pintado de ouro.
Alguma vez vos aconteceu - aposto que sim - receberem visitas inesperadas, e terem a casa em estado de sítio, estarem vestidos como se fossem pedintes, terem apenas um copo de água para oferecer? Já me aconteceu. E o que é que eu queria? Que aquela gente boa debandasse o mais depressa possível de minha casa. Pois agora, mesmo com a casa a luzir, vestidas à Kardashians (o que não abona nada a nossa favor, mas prontes), com caviar e champanhe para oferecer, não é tempo de socializar com ninguém, em casa de ninguém. Tenham paciência, melhores tempos virão se todos contribuirmos para isso, inclusive quem nos governa.
E maltinha, prometo que quando formos livres de novo, no primeiro dia em que for anunciada o fim da pandemia (se ainda por cá andar) saio à rua neste despropósito. Não precisam de pagar para ver, vai ser grátis às damas e cavalheiros de todas as idades, raças, credos e afins.
Caramba, não me digam que só por isto não vale a pena o esforço, o compromisso de ajudar a colocar um ponto final nisto?
Finalmente, naqueles momentos de desespero, em vez de virmos para a varanda gritar que vai ficar tudo bem, gritemos umas caralhadas.
É mais libertador, eu cá acho.