quinta-feira, 28 de novembro de 2019

CABECINHA PENSADORA

Tenciono apresentar um request à GNR para me escoltar até à Black Friday, que como se sabe, vai estar à pinha e ó depois uma gaja não se consegue concentrar para apanhar os melhores trapos e outras miudezas, que vão estar com o supé desconto.
Às tantas ainda apanho algum jornalista a querer saber cenas da minha vida que não interessam nem a Cristo e eu tenho mais que fazer.
É.
Acho que vou fazer isso.
 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

NÓS

As comemorações não têm data, os afectos não têm hora marcada, os melhores presentes têm rosto e devolvem-nos a ternura do olhar.
Acontecem sempre que quisermos e principalmente com quem mais amamos.
E sempre que estamos de coração (e estômago) cheios, a vida passa sem pressa e embala-nos como se nunca tivéssemos saído do colo materno.




sábado, 23 de novembro de 2019

FOI POR CAUSA DO SÔ BELMIRO

de Azevedo, que dôstem, como dizem aqui na terra.
Deu-lhe para construir um Contenente em Leiria, há 27 anos, estando eu na recta final da gravidez.
E o que faz uma mulher nessas circunstâncias?
Se for normal fica em casa sogadita, se for como eu, mete-se em confusões.
E lá fui eu a um Domingo, conhecer aquela maravilha.
Não era um barrigão com um feto lá dentro, pronto para ser gente a qualquer momento, que me ia impedir de apreciar aquilo, que só tinha visto na capital e eu cá não sou menos que as capitalistas.
Nabiças à esquerda, robalos à direita, entrecosto dum lado, pensos higiénicos do outro.
Corredor central carregado de detergentes, difícil era escolher, mas impossível à brava era conseguir ter os pés no chão e tentar não levar cotoveladas na pança, porque naquele tempo (?) as grávidas não tinham prioridade nenhuma, do género abrirem aquilo só para mim.
E foi assim que no outro dia de madrugada me rebentaram as águas - ainda estou para perceber porquê - na matemática do médico, não era para ser naquele dia, mas raramente é.
O que tem que ser tem muita força, e Jasus tanta que eu fiz, para te dar as boas vindas minha filha, às 17:40, daquela 2ª feira, 23 de Novembro de 1992.
Há dias bons, há horas felizes.
Parabéns.
Meu primeiro  grande, grande e doce amor.



sexta-feira, 15 de novembro de 2019

ASSINAR PETIÇÃO

Esta petição visa recolher assinaturas e apoios para que o Natal passe a vigorar apenas de 4 em 4 anos, como os anos bissextos.
É escandaloso que apareça todos os anos, para mais, no Inverno, sempre com cara deslavada e muito bem intencionado.
Não há paciência para iluminações natalícias no princípio de Novembro, não há pachorra (nem dinheiro) para comprar lembranças de que ninguém precisa e sempre à última hora, ca pessoa até fica em ânsias.
Não se aguenta comer até saltar o botão das calças, com a desculpa que é Natal, tende vergonha que o Menino Jesus era pobre e não foi o ouro que Belchior lhe ofereceu que o enriqueceu.
Era uma singela pulseira que teve destino igual às que as minhas filhas tiveram, perdida para sempre, que o Menino era uma criança como as outras, depois cresceu e como qualquer adulto começou a alucinar e deu-lhe a panca para apregoar que era filho dum Deus.
Nem sequer há certeza que o nascimento tenha ocorrido no dia 25 Dezembro.
Faziam à moda da minha terra no tempo da outra senhora.
As crianças nasciam e ninguém ia a correr registá-las na sede de concelho.
Havia um senhor encarregue de o fazer, que só se dava a esse trabalho passado algum tempo, quando já não se lembrava do dia certo em que tinha nascido a Maria e o Manel, por isso existe tanta gente com a data de nascimento errada nos documentos oficiais.
Mas, o que interessa mesmo é assinar a petição que acabe com este abuso todos os anos.
Não são aceites assinaturas de Testemunhas de Jeová.




terça-feira, 12 de novembro de 2019

PIPOQUIPIRICANDO

Como eu também não sabia, mas fiquei a saber e ainda bem, decorreu no passado dia 10, n´América, os People´s Choice Awards.
Estando a Pipoca mai doce, ocupada a vender produtos a retalho e a ter que ir à Câmara Municipal requerer o cartão de vendedora ambulante, pediu-me encarecidamente que comentasse as fatiotas que por lá surgiram.
Estive renitente em aceitar, afinal Este blog tem um nome sério a defender, mas prontes, é difícil resistir a uma pipoca.
A escolha é aleatória e foi feita enquanto as castanhas assavam.

Para começar, o quarteto família Adams Kardashian.
Sei lá o que diga, lá está, não tenho estudos para isto, mas assim de repente...  só se estraga uma casa.



O que é que está maravilhoso nesta foto da Gwen Stefani?
O corpete? O repolho a tapar a xaroca?  
As botas da Zara?
O lençol que veio agarrado, porque adormeceu e foi a despachar?
Nada disso, maravilhoso só mesmo o gajo.



Jenna Dewan, supé grávida, levou um vestido prático, não fosse a criança nascer ali de cesariana e serem precisos agrafos para cozer as miudezas.



Pink. Pink. Isto faz-se a uma filha?
Depois queixa-te que a miúda tem falta de auto-estima e acha que é feia.
Pudera, vestida  com os reposteiros comprados no OLX.



Jeremy Scott em modo forcado da Chamusca, disposto a dar o manifesto ao touro.



Esta rapariga, de sua graça Lisa Rinna, estava com uma constipação terrível e colocou um maço de lenços de papel em cada manga do vestido, tásse mesmo a ver para quê.


A  actriz Maggie Q, que também é activista dos direitos dos animais, homenageou desta forma as avestruzes e enterrou a cabeça numa flute de champanhe (à falta de areia) por não ter recebido nenhum award.


Noah Schnap? 
Eu diria que é filho do Michael Jackson, mas como o homem só "fazia" filhos loiros, calhando é só um sósia da fase black.



segunda-feira, 11 de novembro de 2019

AI SE EU FOSSE RICA

Não acabava com a miséria no mundo, que o mundo é grande e a miséria maior, não esquecendo os canalhas que lucram à conta da miséria alheia, e como sou contra a pena de morte...

Se eu fosse rica - e porque já levo tantos anos de contagem de tostões - acho que nunca seria excêntrica.
Não gosto de chocolates Ferrero Rocher.
Duvido que exista neste mundo um par de sapatos, botas, chanatas, etc., que não me fodam os pés.
Mesmo com uns Jimmy Choo ou Louboutin tenho a certeza que chegava ao fim do dia a maldizer a minha vida e os chispes que me calharam na rifa, a não ser que os Choo-boutin me permitissem flutuar.
As amostras de comida que servem nos restaurantes michelinos, são a minha cara, porque aquilo destina-se a pessoas como eu, que comem pouco, mas quando me trouxessem a conta, armava-me em unhas de fome e mandava chamar a polícia de intervenção com o gás lacrimogéneo para gasear aquela gente toda.
Ó depois estou em crer que um casaco de 50€ agasalha tanto como um de 5000€.
E dizeis vós - filhinha com um casaco de 4 (ou 5 ou 6) dígitos em cima dos costados, todó mundo te trata nas palminhas da mão, nem que sejas uma grandessíssima vaca.
Pois que alguém me destrate, por vestir uma tóilete da boutique Ciganô e vai ver o que é bom pró peido.
E aquela cena de andar sempre a viajar duma banda prá outra?
Deve ser a mesma sensação de ir beber umas bejecas e comer tremoços, não dá luta (a não ser que se abuse da bejeca.)
Os bancos, os offshores de volta duma pessoa; ora ponha aqui, ora ponha aqui o seu dinheiro, ora ponha aqui ao pé do meu. Uma caturreira.
A pessoa ter que se arrastar até aos tribunais que tresandam a mofo, para ir defender um amigalhaço, pois, que sim senhor, lhe emprestou 100 milhões de euros, atão, mas qué isto, já não se pode ser amigo do seu amigo.
Cansei. Definitivamente não tenho perfil para ser rica.
Mas sou uma rica pessoa, um diamante - em bruto.





quarta-feira, 6 de novembro de 2019

OS PORTUGUESES E A FICÇÃO CIENTÍFICA

Li uma notícia que refere que séries televisivas como Anatomia de Grey e New Amsterdam, que são passadas em ambiente hospitalar continuam a conquistar os portugueses.
É fácil de perceber.
Aquilo é tudo com que os portugueses sonham, e não me refiro a sangue, tripas, viroses, bactérias, drenos, infecções, congestões...
O que a malta quer é chegar ao hospital e ser atendida, assim na loucura, em 30 minutos, com toda uma equipa médica a estudar o seu caso, com médicos a interessarem-se não só em tratar a doença, mas também - pasme-se - a tratarem o doente como um ser humano que merece cuidados e carinho.
Conseguem visualizar a coisa aí no hospital da vossa zona?
Já vejo o brilho nos vossos olhos, caramba.
´tão a ver, não ser necessário requerer por escrito numa folha timbrada de 25 linhas, para que o(a) senhor(a) doutor(a) vos dispense 5 minutos do seu tempo para informar se vocês ou algum familiar vão quinar nos entretantos ou se ainda há esperança para viver até ao término da Operação Marquês.
Não comecem já a babar, isto ainda vai melhorar.
Precisam de uma cirurgia urgente? Qual quê esperar meses, anos por ela, çagora
Comecem a fechar as pálpebras que já estão a afiar a faca e tarda nada estão a acordar numa enfermaria fofinha, onde vos servem uma refeição que a Chef Ermelinda confeccionou na cozinha imaculada do hospital, nada como um restaurante que havia aqui à minha beira onde, segundo consta, o proprietário cuspia no frango que estava a assar para acalmar a brasa.
Não bastando tanta atenção que até nos põe a ver unicórnios, esta malta dos hospitais é toda linda comóamores e não há cá auxiliares carrancudos, não senhores, quem nos coloca a arrastadeira é o médico himself ou himselfa.
E os corredores dos serviços de urgência? Olhem práquilo, nem uma maca, nada, tudo despachado, inté dá gosto de ver. 
O Usain Bolt podia perfeitamente treinar por ali.
Calma. Não precisam de gritar, temos bons profissionais e a culpa é do sistema.
Atão e o sistema não somos nós que o permitimos? 
Vamos, mazé, continuar a ver a Grey e o Amsterdam para acalmar os nerves, que a erosão costeira impede-nos de enterrar a cabeça na areia.




segunda-feira, 4 de novembro de 2019

EU E O MÊS DE NOVEMBRO

Há certos meses do ano a-modos-com-que-embirro. Novembro era um deles.
O meu pai faz anos neste mês, mas é lá para os finalmentes, já a lembrar Dezembro, mês do Menino Jesus e do Natal, cenas que eu gosto, mas com as quais já vou embirrando (sou pessoa de embirrações!)
Conheci o homem e comecei a namorar não augurando nada de bom, afinal ele faz anos em Novembro.
Quando decidimos casar, pumbas, em Novembro, ora nem mais nem ontem.
No dia do casório o espelho do meu quarto, esbardalhou-se no chão e fez-se em mil pedaços.
Mau presságio.
Afinal não, já estamos casados há 29 anos (casei criança!)
Lua-de-mel a exigir viagem de avião, mau porra, nunca tinha entrado em tal bicho, logo em Novembro, tomei um ansiolítico e correu bem.
Primeira gravidez. O bebé vai nascer em Maio, mês fofinho. Não, não nasceu, a criança não estava destinada a ser minha.
Nova gravidez. Mês de nascimento?
Novembro, claro. Toma para não seres parva.
E é isto, Novembro tem-me feito bem.
É favor não desiludir.